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O Tribunal do Júri de Nobres (a 121 km de Cuiabá) condenou, nessa segunda-feira (15), Fabiano do Carmo da Silva e Jane Oliveira Miotto por torturar e matar Benedito Silva dos Santos, de 45 anos, para ficar com a pensão dele. Fabiano, que era amante de Jane, foi condenado a 18 anos e oito meses de prisão, enquanto ela recebeu pena de 24 anos de prisão. Ambas as penas deverão ser cumpridas em regime fechado.
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Na sentença, o juiz Daniel Campos Silva de Siqueira reconheceu que o crime foi cometido de forma premeditada, por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Durante a investigação, ficou comprovado que Jane induziu Benedito ao consumo de álcool, criando um clima de confiança para facilitar a ação de seu amante.
Segundo o promotor de Justiça Willian Oguido Ogama, o resultado do julgamento foi muito positivo. “O réu foi condenado a 18 anos e a ré a 24 anos, em razão de ser cônjuge da vítima e também autora intelectual. O Conselho de Sentença foi formado exclusivamente por mulheres, e o processo foi pautado em provas robustas, o que foi fundamental para o reconhecimento da autoria e da materialidade do delito”, afirmou.
As investigações da Polícia Civil apontaram que, no dia do crime, Benedito passou parte do dia na companhia da esposa e chegou a visitar familiares e amigos. Ao retornar para sua residência, já à noite, acabou sendo assassinado pela esposa e pelo amante dela.
A Polícia recebeu diversas denúncias anônimas indicando que o casal era responsável pelo crime e que tentou atrapalhar as investigações, inclusive eliminando conversas dos celulares.
O caso chocou os moradores da cidade de Nobres e ficou conhecido como “viúva negra”, em referência à mulher que ajudou o amante a matar o marido para, segundo as investigações, ficar com a pensão.
Ainda de acordo com as investigações, Jane e Fabiano possuíam uma espécie de pacto de sangue, bem como uma tatuagem que ambos ostentam, cuja imagem retrata um casal armado e abraçado com as iniciais “J” e “F” e a frase: “Você me protege! Eu mato por você!”.