JOÃO RIBEIRO
Sem vontade de fazer nada! É assim que se sente dona Tarcilia Gonçalina, mãe adotiva da menina Ida Verônica Feliz, de 8 anos, sequestrada há exatos 30 dias em Cuaibá. A senhora de família humilde, recebeu em casa, o RepórterMT e contou que, desde que a filha foi levada sua vida 'desabou'.
A Ida é uma menina muito esperta. na primeira oportunidade, se ela conseguir um celular, com certeza irá nos ligar pedindo socorro”, afirmou.
Contando a trajetória para conseguir a guarda provisória da criança, Tarcilia explica que a filha Daniele Siqueira, de 24 anos, conheceu Ida com apenas três meses de vida. Segundo Tarcilia, Daniele presenciava os maus tratos da mãe biológica à criança constantemente. Com isso, pediu para que a mãe a deixasse cuidar da criança.
“Muitas vezes a Elida Isabel Feliz (dominiquenha) a largava dentro do quarto do hotel, com apenas três meses de vida, no carrinho de bebê. Minha filha a alertou que não podia deixar a criança sozinha, mas isso não surtiu efeito. Um dia ela disse para a gente que não se importava se levássemos a criança. Por isso, passávamos a cria-la”, disse.
Já com a guarda da criança, Tarcilia contou que a mãe biológica de Ida desaparecia constantemente e já passou três meses sem dar notícias e, quando voltou a procurar a filha, o pai biológico da menina, italiano Pablo Milano Escarfullerida, já estava preso por tráfico de drogas.
“Uma vez ela reapareceu e disse que o pai de Ida tinha sido preso por tráfico de drogas. Isabel ainda pediu abrigo na minha casa, dizendo que não tinha onde ficar. Eu falei que a criança estava sendo bem tratada, iria ficar com a gente, mas que ela não podia ficar. Depois disso, Isabel sumiu mais uma vez. Mais de três meses depois, ela mandou uma carta onde dizia que estava morando na rua e que também tinha sido presa. Eu disse que não poderia ajuda-la e depois disso nunca mais a vi”, informou.
Ao chegar no Aeroporto Marechal Rondon, local onde o encontro foi marcado, Eliane apresentou uma carta, que dizia ser de Isabel. Na carta a mãe biológica da menina autorizaria Eliane criar a criança. Rapidamente, Tarcilia mandou buscar na sua residência uma carta antiga, que Isabel havia mandado. Ao comparar a letra das duas cartas, foi constatado que o documento era falso.
“Na discussão o juiz que estava de plantão no aeroporto determinou que Ida fosse para o Lar da Criança (entidade mantida pelo governo do estado). Só depois de meses de sofrimento que conseguimos a guarda dela”, completa Tarcilia.
Na última semana a Polícia Judiciária Civil pediu a prisão preventiva dos pais biológicos de Ida. O pedido de prisão de Pablo Milano Escafulleri e de Elida Isabel está em analise da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, do fórum da Capital junto com outra medida judicial de monitoramento.
O SEQUESTRO
Há exato um mês Ida foi sequestrada, na sua casa no Bairro Porto em Cuiabá. A criança estava com a irmã Daniele Siqueira. De acordo Daniele, dois homens bateram palmas querendo saber se o terreno perto da casa estava à venda. Depois de saber a informação os sequestradores pediram um copo com água para Daniele, que foi buscar. Quando voltou, os bandidos renderam a moça e anunciaram o sequestro de Verônica.
Os familiares acreditam na hipótese de que o crime foi cometido a mando do pai biológico da menina, que mora na Itália. Segundo Daniele, o homem já havia ligado na residência, há três meses, dizendo que queria a menina de volta. O GCCO divulgou o retrato falado dos possíveis sequestradores.
Renata 26/05/2013
Condenar uma pessoa pelos seus crimes é uma coisa. Condenar um pai e uma mãe a viver sem os filhos, isto é tortura, isto sim é crime. Os pais biológicos são traficantes e por isto devem ser condenados, mas isto não significa que não amam seus filhos e tirar o direito deles como pais é crime, é tortura é imoral. As crianças deveriam estar com guarda provisórias com os membros da família de sangue e não com um estranho e ainda de outro pais. Esta família pode amar a criança, mesmo assim não tem o direito de privar os pais de também amá-los. Espero que a policia não os encontre e se encontrar entregue a guarda para os avós e/ou tios de sangue das crianças.
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