RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
Um novo laudo, desta vez feito pela empresa Forense Lab, divulgado na sexta-feira (9), concluiu que o Jeep Compass dirigido pela médica dermatologista Letícia Bortolini estava a 95km/h no momento em que matou atropelado o verdureiro Francisco Lúcio Maia, nó último dia 14 de abril, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá.
A velocidade é três vezes maior que a apontada por um dos laudos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e muito maior que velocidade máxima permitida em toda a extensão da perimetral que é de 60 km/h.
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Para chegar à conclusão, a empresa Forense Lab usou imagens das câmeras de segurança de comércios localizados na região do acidente. O documento detalha ainda que depois de atingir o verdureiro, a médica ainda bateu com o veículo em um poste antes de fugir do local sem prestar socorro à vítima. Ou seja, a velocidade pode ser ainda maior.
O novo estudo foi feito a pedido da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran) depois que o laudo da Politec apontou que o carro da dermatologista, que tinha acabado de deixar uma festa open bar juntamente com o marido, estava numa velocidade de apenas 30 km/h.
Após muitas críticas, inclusive do delegado que conduz as investigações do caso, Cristhian Cabral, a Politec negou que o laudo seja conclusivo e rebateu os questionamentos do delegado.
Por nota, o diretor Metropolitano de Criminalística, Luís Carlos Shibassaki Figueiredo declarou que uma das técnicas empregadas pelo perito criminal está estimada em 40 km/h a fração de velocidade mínima no momento da colisão. Imagens das câmeras de segurança ainda serão analisadas Gerência de Perícias em Áudio e Vídeo da Politec.
Laudo polêmico
O documento da Politec concluiu também que o sangue coletado da vítima após o acidente comprovou que ele estava bêbado.
“Exame realizado em amostras de sangue coletas da vítima Francisco Lúcio Maia e apontam que o mesmo encontrava-se com concentração de 25,54 dg/L”.
Na tarde da última terça-feira (5), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) anulou por unanimidade duas medidas cautelares que tinham sido impostas à médica. A decisão da 1ª Câmara Criminal da Corte – que autoriza Letícia a viajar para São Paulo uma vez por mês e chegar em casa depois das 18 horas - está baseada no entendimento do desembargador Orlando Perri, relator do habeas corpus, que deferiu a soltura dela um dia após a morte do verdureiro. De acordo com a defesa da dermatologista, as viagens fazem parte de um curso de especialização médica.
Na data do atropelamento, Letícia foi seguida por uma testemunha e presa logo depois, no bairro Jardim Itália. A médica chegou a ter a prisão preventiva decretada em audiência de custódia no domingo (15) de abril, porém, a defesa entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça. Ela foi liberada da cadeia por decisão do desembargador Orlando Perri, na segunda-feira (16), que acatou a justificativa de que ela tem um filho de um ano e seis meses para cuidar.
O laudo da Politec afirmou que as investigações seguem com o intuito de identificar se realmente era a médica quem conduzia o carro.
Maria Auxiliadora 10/06/2018
Caracas véi, essas perícias estão parecendo couro de p...um entre e sai. Bom, pelo menos essa a velocidade se assemelha àquela que aparece no vídeo e com os estragos provocados no Jeep e no Senhor, cujo estado de embriaguez não é nenhuma infração, pois estava a um pé de subir no passeio público, ou seja, no bom cuiabanez, não “infroe” nem “contriboe” Apara aliviar o homicídio e omissão de socorro, se servir, meu conselho é que INCINEREM TODO O CÓDEX BRASILEIRO.
Joao Paulo 09/06/2018
Mas essa empresa é de um Perito da POLITEC!!! Isso pode Arnaldo? O cara é Perito da Politec e fazer Laudo Particular, sendo pago pelo Estado NOVAMENTE!! Cadê o MP???
2 comentários