Mães acusam professor de colégio católico de tentar trocar notas por "favores sexuais" com alunos

Ciete Silvério

Colégio é um dos mais tradicionais de Cuiabá.

DO REPÓRTER MT

Mães de alunos de um colégio católico de Cuiabá, denunciaram um professor de tentar abusar sexualmente de pelo menos quatro adolescentes, todos meninos. O RepórterMT confirmou a existência de vários boletins de ocorrência registrados na Polícia Civil, mas por se tratar de menores de idade, detalhes não foram divulgados.

Em áudio enviado ao site, uma das mães contou que o professor em questão queria se aproveitar do fato de os alunos estarem com notas baixas nas disciplinas que ele leciona, para pedir "favores sexuais".

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Segundo o relato, o professor disse aos alunos que eles só não passariam de ano "se não quisessem". A mulher chega a dizer que o professor só passou a ser mais explícito nas interações com os estudantes, porque eles não estavam entendendo a linguagem cifrada.

“Eu achei que ele poderia estar sugerindo aulas particulares, mas quando ele foi abordar o ALUNO ele abordou falando que ele queria trocar notas por safadezas, que nós sabemos que é o ato sexual. Quando o ALUNO se negou, como os outros meninos também, ele disse que queria fotos ou vídeos, perguntou o que o ALUNO fazia no banheiro, se fazia coisas gostosas”, conta a mulher.

“O professor, sabendo da dificuldade que eles estavam em Matemática, tentou persuadi-los em troca de (“favores”) de cunho sexual ou de fotos, de vídeos pornográficos para poderem passar de ano, para poder mudar qualquer tipo de nota. Ele estava barganhando as notas das crianças agora neste fim de ano para se favorecer usando a instituição como bengala, usando as crianças como reféns”, completa.

O que mais surpreendeu as famílias era que o professor tinha um bom relacionamento com os estudantes, com quem chegava a almoçar.

“Ele era um professor muito inclusivo com os alunos e já tinha um vínculo de amizade. De vez em quando almoçavam juntos no recreio, o PROFESSOR abraçava eles, tinha uma comunicação muito aberta com eles. Eles achavam que ele era amigo”, disse.

Segundo a mulher, a escola só foi informada sobre o que estava acontecendo agora, quando os alunos conseguiram medida protetiva contra o suposto assediador.

“As crianças já estão tendo medida protetiva contra esse pedófilo. Porque ele não tem outro nome, ele não é um professor, ele é um pedófilo que inclusive ele é uma pessoa que persuade as crianças, corrompe as crianças de uma forma bem tranquila para que quando as crianças precisassem de algo dele ele pudesse barganhar”, relata.

Segundo ela, depois que o caso veio à tona, os alunos que fizeram as denúncias passaram a ser alvo de bullying de outros estudantes, que os acusam de estar “armando” contra o professor.

Ao RepórterMT a Polícia Civil confirmou a existência dos boletins de ocorrência registrados sobre fatos ocorridos com menores de idade. "Por se tratar de ocorrências envolvendo menores de idade, outras informações não serão fornecidas a fim de resguardar e preservar as vítimas", conclui o texto.

A reportagem tenta contato com a instituição de ensino.

Reprodução