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Cuiabá, 08 de Maio de 2025
08 de Maio de 2025

07 de Maio de 2025, 15h:18 - A | A

POLÍCIA / AGORA É RÉU

Justiça recebe denúncia contra ex-procurador que matou morador de rua com tiro na cabeça

Luiz Eduardo agora é réu pelo crime de homicídio qualificado, pois, segundo a denúncia, o crime foi cometido por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima.

EDUARDA FERNANDES
DO REPÓRTERMT



A juíza Helícia Vitti Lourenço, recebeu a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) contra o ex-procurador Luiz Eduardo Figueiredo Rocha Silva, por matar Ney Müller Alves Pereira, um homem em situação de rua, com um tiro no rosto. O crime ocorreu no dia 9 de abril, na Avenida Edgar Vieira, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá. A decisão foi proferida na segunda-feira (05).

Luiz Eduardo agora é réu pelo crime de homicídio qualificado, pois, segundo a denúncia, o crime foi cometido por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima.

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A denúncia foi protocolada no último dia 30 e é assinada pelo promotor de Justiça Samuel Frungilo, da 21ª Promotoria Criminal de Cuiabá, que atua no Núcleo de Defesa da Vida.

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De acordo com a investigação, o ex-procurador da Assembleia Legislativa teve seu carro danificado enquanto jantava com a família em um posto de combustíveis. Após ser informado por testemunhas que o autor seria um homem em situação de rua, ele deixou o local, levou os familiares para casa e retornou armado às redondezas para perseguir e matar o suposto autor do dano.

“Luiz Eduardo deliberou suprimir o bem jurídico que ainda restava à vítima, matando-a de forma brutal e desumana, como se ela fosse um objeto descartável e desprovido de qualquer valor ou direito à existência”, escreveu o promotor na denúncia.

O crime foi registrado por câmeras de segurança. O promotor afirma que Luiz Eduardo reduziu a velocidade do carro, se aproximou com os vidros abaixados, chamou a atenção da vítima e atirou à queima-roupa. A arma usada foi uma pistola Taurus .380, registrada em nome do ex-procurador.

Veja o vídeo:

A vítima, segundo o MP, vivia em extrema vulnerabilidade social e sofria de transtornos mentais. “O homicídio foi motivado por vil sentimento de vingança, e a vítima, evidentemente, não detinha quaisquer condições de reparar as avarias no veículo”, destacou Frungilo.

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Afastado do cargo

Na mesma semana do crime, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado estadual Max Russi (PSB) determinou o afastamento imediato de Luiz Eduardo de Figueiredo Rocha e Silva do cargo de procurador.

Presidente da Casa de Leis também determinou a abertura de um Procedimento Disciplinar Administrativo. Os trabalhos devem ser concluídos num prazo de 60 dias. Caso seja condenado, Luiz poderá ser exonerado.

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