VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT
A juíza Raíssa da Silva Santos Amaral, da 4ª Vara Criminal de Cáceres, manteve a prisão temporária de Luiz Gustavo de Almeida Silva, influenciador digital preso na Operação Tiger Hunt, deflagrada pela Polícia Civil nessa segunda-feira (09). Ele é acusado de participar de um esquema de fraude que promovia lançamentos diários de novas plataformas de jogos online ilegais, em especial o Jogo do Tigrinho.
Na mesma decisão, a magistrada negou um pedido de revogação de prisão apresentado pela defesa do influenciador durante audiência de custódia.
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“Logo, mantenho a prisão temporária de Luiz Gustavo de Almeida Silva pelos próprios fundamentos objetos da decisão. Por consequência lógica, indefiro o pedido de revogação formulado durante a audiência de custódia”, decidiu a juíza.
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O mandado de prisão temporária contra Luiz Gustavo foi decretado pela 4ª Vara Criminal de Cáceres no dia 27 de maio. Ele foi apontado como membro de uma organização criminosa que incentivava os seguidores das redes sociais a fazer apostas pelos vídeos onde os "influenciadores" apareciam ganhando altos valores, em poucos segundos, e com apostas de valor baixo.
Os ganhos, no entanto, eram fictícios e serviam para captar um maior número de apostadores.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso também comprava CPF de pessoas vulneráveis pelo valor de R$ 50 a R$ 100, forçando-as a realizar um cadastro em contas bancárias digitais para utilizar em sites de apostas, bem como para lavar dinheiro de empresas das quais são sócios-proprietários.
Em seu perfil no Instagram, Luiz Gustavo já coleciona 6.230 seguidores. Ele se apresenta como “gamer profissional, investidor esportivo, jogador e proprietário de uma empresa”. Em diversas publicações, ostenta viagens, passeios e veículos de luxo.
O influenciador foi preso na casa dele, em Cáceres. Durante o cumprimento da prisão, a polícia apreendeu uma caminhonete Hilux e uma moto aquática, além de celulares, HDs e computadores.
Em checagem ao sistema da polícia, foi constatado que ele tem diversas passagens criminais por tráfico de drogas e foi descrito como criminoso contumaz e usuário de drogas. Ele já esteve preso em 2022.
O criminoso foi encaminhado para a Cadeia Pública de Cáceres e poderá responder pelos crimes de exploração de jogos de azar, estelionato, extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Outros alvos
Também foram alvos de mandados de prisão, na Operação Tiger Hunt, outros três integrantes da organização criminosa. Um deles foi identificado como Leonardo Viana Pastor, de 30 anos, que também foi preso nessa segunda-feira (09), em um condonímio no bairro Santa Isabel, em Cuiabá.
No Instagram, Leonardo tem 2.863 seguidores e diz que ensina lucrar com apostas. Ele ostenta viagens para diversos países.
A prisão dele foi cumprida por uma equipe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Na ocasião, foram apreendidos eletrônicos como notebook e celulares, além de 10 gramas de maconha.
Ele não tem antecedentes criminais.
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