FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, João Filho de Almeida Portela, determinou que 12 veículos apreendidos na Operação Apito Final sejam utilizados pela Polícia Civil de Mato Grosso. A operação foi deflagrada em abril e teve objetivo desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro para uma facção.
“O pedido em questão, entretanto, atende aos requisitos estabelecidos pelo referido dispositivo legal. Deste modo, não havendo qualquer impedimento para o deferimento do pleito, e em consonância com o parecer Ministerial, defere-se requerimento formulado pelo Delegado de Polícia, Sr. Rafael Mendes Scatolon, autorizando o acautelamento dos bens”, diz trecho da decisão.
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“Nomeia-se como responsável e fiel depositário dos veículos apreendidos, o Delegado de Polícia, Sr. Rafael Mendes Scatolon, que deverá prestar o compromisso legal de cuidado e conservação, assim como o dever de restituir o bem, tão logo solicitado”, completou o magistrado.
Entre os veículos um Onix, Corolla Cros, Honda HRV, Fiat Toro, Fiat FastBack, Jeep Commander, um Jaguar e cinco Corolla.
Por outro lado, o juiz indeferiu o pedido de acautelamento de uma moto aquática e carretas.
Operação Apito Final
Em uma investigação que durou quase dois anos, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apurou centenas de informações e análises financeiras que possibilitaram comprovar o esquema liderado por Paulo Witer para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Para isso, ele usou comparsas e familiares como testas de ferro na aquisição de bens móveis e imóveis para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas. O grupo criminoso movimentou cerca de R$ 65 milhões.