DO REPÓRTER MT
Um foragido da Justiça, identidade não revelada, foi preso no último sábado (5), em Espigão D’Oeste (a 917 km de Cuiabá), pela Polícia Civil de Rondônia. Ele é acusado de cometer diversos crimes de estelionato, em ambos os estados, se utilizando de documentos falsos para aplicar golpes na venda de veículos.
De acordo com a apuração policial, o bandido utilizava o nome falso de "Cleiton Amorim" e outros nomes para ludibriar suas vítimas. Ele se apresentava como comprador interessado em veículos anunciados nas redes sociais, especialmente no Facebook.
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O golpe consistia em negociar a compra dos veículos. Para isso, o indiciado realizava depósitos bancários por meio de cheques sem fundos ou documentos bancários falsos, com o suposto valor creditado. A vítima, acreditando na boa-fé da negociação, entregava o veículo e providenciava a transferência de propriedade junto ao Departamento de Trânsito (Detran) e ao cartório, utilizando os documentos fraudulentos em nome do falso comprador.
Um dos casos que chamou atenção foi de um idoso, de 60 anos, que vendeu seu automóvel Fiat Siena por R$ 22 mil reais. Após a confirmação bancária, ele transferiu o veículo e entregou as chaves. Pouco depois, descobriu que o depósito era fraudulento e que havia caído em um golpe. O suspeito bloqueou os contatos e desapareceu com o carro.
Em outra fraude, o criminoso aplicou o mesmo golpe na venda de uma caminhonete S10, avaliada em R$ 63 mil reais, com a mesma forma de ação: depósito falso e transferência com uso de documentos falsificados.
As investigações comprovaram que o agente criminoso agia de forma reiterada, utilizando-se de documentos falsos não apenas para aplicar os golpes, mas também para efetuar a transferência dos veículos no Detran e em cartórios, cometendo assim, além do estelionato, crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso.
O delegado Mateus Almeida Oliveira Reiners, responsável pelo caso, destacou que o inquérito policial reuniu provas contundentes, que embasaram a denúncia do Ministério Público e o pedido de prisão preventiva, posteriormente decretada pela Justiça.