GUSTAVO CASTRO, VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT
O Condomínio Morada do Parque, em Cuiabá, ingressou com uma queixa-crime na Justiça contra protetores de animais após a repercussão de denúncias envolvendo gatos comunitários que vivem no local. O caso ganhou visibilidade depois que o protetor de animais Marlon Figueiredo compartilhou, em seu Instagram, uma reportagem sobre o tema, inicialmente publicada por veículos de imprensa. Além de Marlon, três moradores do condomínio foram citados.
A administração do condomínio afirma, no documento encaminhado ao Judiciário e que o
teve acesso, que a situação foi distorcida e que ataques passaram a ser direcionados contra a gestão e moradores. Por isso, pede que o caso seja investigado como crime contra a honra.
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Segundo o condomínio, as reportagens e publicações nas redes interpretaram de forma equivocada o tratamento dado aos gatos. A administração sustenta que cumpre a decisão judicial relacionada aos animais, sobretudo quanto ao fornecimento de alimentação diária. Afirma também que o gato citado nas denúncias vive livre e circula pela região, o que, segundo a direção, significa que ele poderia ter sido ferido fora do condomínio, ponto levantado no documento como possibilidade ignorada nas acusações públicas.
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O condomínio diz ainda que não houve abandono, perseguição ou maus-tratos praticados pela gestão, e que as medidas adotadas seguem as orientações legais para animais comunitários. Reforça que sempre cooperou com fiscalizações e que moradores foram orientados sobre regras de convivência e alimentação previstas na decisão judicial vigente.
Outro lado
Em boletim de ocorrência, Marlon afirma que apenas repostou uma reportagem já pública, divulgada por diversos veículos, sem acrescentar fatos, opiniões ou acusações pessoais. Ele diz que passou a ser acusado injustamente de divulgar “fake news” e que a administração teria levado essa versão à polícia como se ele tivesse inventado a denúncia.
O protetor relata que buscou esclarecimentos com moradores e protetores após ler as matérias, apenas para entender a veracidade dos fatos, e sustenta que sua publicação foi “estritamente informativa”.
Marlon também menciona, no registro, que prints enviados pela própria síndica aos moradores confirmariam problemas relatados pela imprensa, como a falta de tutor responsável pelos gatos comunitários, conflitos antigos não resolvidos, determinação para que moradores fotografassem quem alimentasse os animais, falhas na assistência e relatos de gatos desaparecidos e feridos.
Para ele, isso demonstra que as informações divulgadas não configuram fake news, e sim conteúdo jornalístico respaldado por documentos, relatos e decisões judiciais, motivo pelo qual acusações contra ele seriam infundadas.
Até o momento, elas não se manifestaram.
















