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Cuiabá, 29 de Setembro de 2025
29 de Setembro de 2025

29 de Setembro de 2025, 11h:40 - A | A

POLÍCIA / DEU NO FANTÁSTICO

Bandidos usam Instagram de empresária cuiabana para aplicar o "golpe do pix"

Reportagem sobre esquema que movimentou mais de R$ 5 milhões foi exibida nesse domingo (28).

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



A empresária e estilista cuiabana Kamylla Urel foi uma das vítimas de um esquema criminoso conhecido como “golpe do chip”, que deixou vítimas em diversos estados brasileiros. Ela foi uma das personagens da reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, exibida nesse domingo (28).

“Eles começaram a aplicar o golpe do Pix, que é aquele Pix retornável. A pessoa transfere R$ 1 mil e recebe R$ 2 mil, transfere R$ 4 mil e recebe R$ 8 mil, usando a minha imagem. Teve pessoas falando que tinham caído [no golpe] e eu fiquei desesperada”, contou. No caso dela, o prejuízo foi ter perdido acesso à rede social da sua empresa de roupas, que tinha mais de 100 mil seguidores. Mas o esquema era mais complexo e danoso.

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Conforme a Polícia Civil do Paraná, estado onde as investigações começaram a ser realizadas, o esquema que movimentou mais de R$ 5 milhões era comandado por Lethicia Félix, Jonathan Lima, Jefferson da Silva e Victor Hugo Santana. Eles estão presos, mas não assumem liderar o esquema.

Os criminosos buscavam na internet dados das vítimas, como os números da identidade e CPF, data de nascimento e telefone celular. Em seguida, entravam em contato com a operadora de telefonia da vítima e perdia a portabilidade do número. Dessa maneira, a vítima perdia o sinal do telefone e os bandidos recebiam livre acesso aos dados do aparelho, inclusive contas bancárias.

Um dono de posto de combustível chegou a perder mais de R$ 1 milhão com o esquema. Os criminosos transferiram o dinheiro da conta, pediram empréstimos e usaram o limite do cheque especial. Os bandidos tinham um verdadeiro escritório high tech do crime.

“Eles alugaram casas de veraneio no litoral do estado de São Paulo e transformavam em verdadeiras centrais do crime. Levavam computadores, celulares e faziam toda a logística criminosa nessas casas”, explicou o delegado da Polícia Civil do Paraná, Emmanoel David.

A organização criminosa tinha uma rede de apoio com cúmplices espalhados por todo o país. Assim que eles tinham acesso às contas bancárias das vítimas, eles faziam várias transferências de pequenas quantias para as contas dessas pessoas. O objetivo era não chamar a atenção dos bancos e nem das autoridades.

“Eles são hackers muito profissionais, eles se passaram por mim e ninguém percebeu. E eu estou muito, muito feliz que eles vão pagar pelo que eles fizeram”, concluiu Kamylla. que acabou recuperando a sua conta na rede social.

 

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