RENAN MARCEL
O paraguaio Cristiano Inácio dos Santos, preso na sexta-feira (29) após violentar e degolar a advogada Alessandra Martignago (30), deveria estar preso alguns dias antes de cometer o crime que chocou a cidade de Primavera do Leste (236 Km de Cuiabá). A advogada havia denunciado o suspeito na semana passada e Cristiano já colecionava boletins de ocorrência feitos pela ex-mulher.
Segundo o delegado Percival Eleutério, na semana passada, o suspeito invadiu a casa da vítima para roubar perfumes e fotos e aproveitou para esperar Alessandra, vestido apenas de cueca. “Ela chegou em casa acompanhada de um irmão, que conseguiu colocar Cristiano para fora e acionar a Polícia”, afirmou o delegado.
A ex-mulher de Cristiano, que era faxineira de Alessandra, também já havia registrado alguns boletins de ocorrência contra ele. Ela conta que, depois de pedir a separação, foi estuprada e ameaçada por Cristiano.
A advogada chegou a relatar a invasão da semana passada para a faxineira. Alessandra contou também que Cristiano estava rondando sua casa, depois da denúncia feita à Polícia.
Após o crime de sexta-feira, Cristiano fugiu levando a caminhonete da vítima e a bolsa que, que além dos documentos, continha R$ 5 mil em dinheiro. Os produtos roubados na semana passada foram encontrados na chácara onde o suspeito trabalha como caseiro, que fica perto da cidade.
Na perseguição policial, o suspeito foi baleado em uma das pernas e levado para o Hospital de Rondonópolis, para depois prestaria depoimento. O que causa espanto é que, apesar do estupro contra a ex-mulher, ameaças e invasão à casa da advogada, a polícia não tenha prendido o acusado e a Justiça não tenha mantido o potencial assassino na cadeia.
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