ANDRÉ MICHELLS
O corpo da advogada Ludmilla Nardez Rodrigues, de 33 anos, encontrada morta na tarde de sexta em um abismo na estrada de Chapada, conhecido como Mata Fria, foi sepultado na terde de sábado, no Cemitério da Piedade, em Cuiabá. Ludmila foi velada durante toda a madrugada, na Capela Jardins, assim que o corpo foi liberado pelo IML.
Ludmila tinha histórico de depressão de de tentativa de suicídio, segundo amigos da família. O quadro teria se agravado depois que o pai morreum há três anos e ainda após uma tentativa frustrada de passar em um concurso público para o qual havia estudado incansavelmente, segundo uma juíza amiga de Ludmila, que esteve no local da tragédia. A advogada já era concursada da Justiça Federal.
O carro que Ludmila dirigia saiu da pista na MT - 251 em uma curva fechada, no mesmo local onde um caminhão de gado ja havia caido. A grade de proteção ainda estava destruída, o que faciliou a queda do veículo, um Peugeot 207 preto, que ficou parcialmente destruído.
O corpo foi retirado por volta das 19h de ontem. O acidente, segundo a Polícia, pode ter acontecido na noite de quinta (12), última vez que o carro foi visto, justamente saindo de Cuiabá rumo a Chapada. O veículo foi fotografado pelas câmeras de segurança do Ciosp, na rodovia. Pelo estado do corpo, peritos acreditam que Ludmila estaria morta há cerca de 18 horas, quando foi encontrada.
O delegado de chapada, que investiga o caso, João Bosco, porém, não descarta a hipótese de a queda ter sido um acidente. "Quem quer se matar não joga o carro neste local, joga no Portão do Inferno", argumentou o delegado aos jornalistas no local do "acidente". O laudo da causa morte deve ser concluído na próxima segunda-feira. Os laudos completos da perícia feita no local e o inquérito sobre o caso devem ser concluídos em no máximo 30 dias.
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Advogada desaparece e é encontrada morta na MT-251
Ludmila Nardez teve hemorragia interna e pode não ter morrido na hora da queda