CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
O ex-governador Silval Barbosa prestará depoimento à Controladoria-Geral do Estado (CGE) na primeira quinzena de janeiro. As informações devem auxiliar as auditorias iniciadas pela CGE, que apuram possíveis prejuízos aos cofres públicos registrados na gestão anterior.
“São procedimentos de responsabilização de empresas citadas por ele na delação. A ideia é de que o ex-governador possa fornecer detalhes que não estão na delação, uma vez que essas empresas já respondem a processos administrativos”, explicou Ciro Gonçalves.
Segundo o controlador-geral, Ciro Rodolpho Gonçalves, as auditorias apontaram que fraudes realizadas na gestão Silval Barbosa causaram rombo de R$ 1 bilhão aos cofres do Estado. As investigações tiveram início em janeiro de 2015.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
O objetivo do depoimento do ex-governador é comparar as informações prestadas por ele no acordo de colaboração premiada firmado com o Ministério Público Federal (MPF) com os trabalhos realizados pela CGE. A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto.
“São procedimentos de responsabilização de empresas citadas por ele na delação. A ideia é de que o ex-governador possa fornecer detalhes que não estão na delação, uma vez que essas empresas já respondem a processos administrativos”, explicou Ciro ao .
Em levantamento inicial, a CGE apurou que a maioria dos eventos apontados na delação tem trabalhos de auditoria correspondentes, dentre eles: compra de maquinários do Programa 100% Equipado, emissão de cartas de crédito aos agentes de administração fazendária, pagamentos aos hospitais credenciados no MT Saúde, locação de veículos, fornecimento de combustíveis, manutenção de rodovias, desapropriações, incentivos fiscais, obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), pagamento de precatórios, serviços gráficos, obras da Arena Pantanal, lacres do Detran etc.
Ciro Gonçalves não descartou que as informações prestadas por Silval possam culminar com a abertura de novos procedimentos e auditorias.
“O que são investigações preliminares e suspeitas podem sim acarretar em novas auditorias, de acordo com o teor das informações que ele pode nos trazer. Temos 87 processos em fase preliminar e 19 instaurados”, contou.
O depoimento de Silval foi marcado a pedido dele mesmo, após oitiva em novembro para testemunhar no Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o servidor e ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi.
“No acordo firmado com o MPF também ficou determinado que ele colabore com todas as instituições que estejam investigando os eventos em âmbito federal e estadual. Diante disso, ele se colocou à disposição da CGE para confirmar detalhes e, se possível, identificar valores de sobrepreço e superfaturamento. Dessa forma, a CGE poderá determinar com melhor precisão os valores a serem reembolsados pelas empresas envolvidas nos ilícitos”, informou o controlador-geral.
Leia mais
Fraudes em contratos desviaram R$ 1 bilhão do Estado, aponta controlador
Governo finaliza comparação de delação de Silval com auditorias
JP 31/12/2017
ELE TEM EXPLICAR AS IDAS E VINDAS (DIRETAS/INDIRETAS) DO PANAMÁ.
1 comentários