VANESSA MORENO
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
Em vistoria às obras do BRT (Bus Rapid Transit) na avenida do CPA, em Cuiabá, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, se mostrou otimista com o andamento dos trabalhos e estimou que as obras devem ser concluídas até fevereiro de 2026. Isso, se as empresas responsáveis pela implantação do modal trabalharem conforme sugestão dada pelo TCE: em três turnos e aos finais de semana.
“Nossa sugestão foi que se iniciasse um trabalho árduo, duro, com três turnos, trabalhando de manhã, de tarde, de madrugada, sábado e domingo, é possível terminar essa obra em janeiro ou fevereiro de 2026”, disse Sérgio Ricardo na manhã desta sexta-feira (22).
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Em fevereiro deste ano, o governador Mauro Mendes (União) chegou a anunciar a rescisão do contrato com o Consórcio BRT, empresa contratada para a execução da implantação do modal. O motivo do rompimento seria o atraso na obra, que teve início em 24 de outubro de 2022 e deveria ter sido completamente entregue no dia 13 de outubro de 2024.
Após um acordo feito entre o Governo do Estado e o consórcio, as obras foram retomadas e passaram a contar com acompanhamento permanente da equipe técnica do TCE, composta por servidores da Secretaria-Geral de Controle Externo (Segex) e da Secretaria de Controle Externo de Obras e Infraestrutura (Secex Obras).
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Segundo Sérgio Ricardo, as vistorias têm dado resultado e o Consórcio BRT já entregou em quatro meses o que não tinha conseguido entregar em 30.
“A partir do momento em que o Tribunal de Contas passou a fiscalizar permanentemente, diariamente, aqui com a nossa equipe de auditores, o que não aconteceu em 30 meses, já aconteceu em 4 meses”, ressaltou o presidente do TCE.
Segundo o acordo feito pelo Governo, o Consórcio BRT ficou responsável pelo trecho entre a entrada do bairro CPA e viaduto da Secretaria de Fazenda (Sefaz) e entre a Defensoria Pública e as proximidades do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT). A empresa deverá entregar as obras de pistas, implantação das calçadas, ciclovias e paisagismo de acordo com um cronograma de 150 dias estabelecido pela Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).
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Já as demais etapas das obras, que incluem estrutura das estações, obras de arte, iluminação, instalação do modal, entre outras, serão executadas em lotes, com a contratação de várias empresas. Os processos de licitação, segundo Sérgio Ricardo, já estão em andamento.
“Eu entendo que é possível sim, nesse ritmo. As outras empresas que forem entrar, tocando nesse ritmo, eu não tenho dúvida nenhuma que vai acontecer, a obra poderá ser entregue até janeiro ou fevereiro de 2026”, concluiu o conselheiro.