DO REPÓRTER MT
O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, emitiu uma nota de solidariedade a Emanuel Pinheiro e, ao mesmo tempo, repúdio ao afastamento dele do cargo de prefeito de Cuiabá. Ao longo de seis parágrafos, parte deles dedicada a “detonar” a decisão do desembargador que determinou o afastamento, Luiz Ferreira da Silva, nenhuma linha abre espaço para mencionar o motivo que levou a justiça a tal atitude: o fato de Emanuel ser apontado como líder de uma organização criminosa na Saúde da capital.
Nas palavras do Ministério Público de Mato Grosso, tal organização tinha finalidade específica de promover a “sangria dos cofres públicos, através da obtenção de benefícios ilícitos, com atuação sistêmica e duradoura dentro do Poder Executivo Municipal, causando danos imensuráveis ao erário”.
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Na nota, Baleia Rossi critica que o afastamento foi autorizado por decisão monocrática, alegando que, dessa forma, “não só fere os direitos individuais de Emanuel Pinheiro como também passa por cima da decisão do povo cuiabano que o reelegeu por voto direto em 2020”.
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O presidente nacional da sigla afirma que o MDB é “defensor da harmonia e independência entre os Poderes, das liberdades individuais e do pleno exercício da ampla defesa por meio do Estado Democrático de Direito, como expressa a Constituição de 1988 pela qual todos lutamos”.
Baleia Rossi repudia qualquer “malversação dos instrumentos processuais”, mas não cita a apontada malversação dos recursos públicos identificada pelo MPMT. E, neste contexto, reclama da “divulgação seletiva de informações, até então ‘sigilosas’, das quais o interessado não teve conhecimento no processo e veio ter ciência somente pela imprensa”.
Recurso ao STJ
Nessa quarta, Emanuel Pinheiro (MDB) protocolou recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar derrubar a decisão que determinou o afastamento dele do cargo de prefeito de Cuiabá. Ainda não foi sorteado qual ministro será o relator do recurso.
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Esta é a segunda vez que Emanuel é afastado. A primeira, no âmbito da Operação Capistrum, foi por um esquema de "cabidão" de emprego na Pasta.