RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Antonio Galvan, admitiu a intenção em disputar a eleição suplementar ao Senado Federal, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar o recurso da senadora Selma Arruda (Podemos) e manter a cassação de seu mandato por crime de caixa 2 e abuso de poder econômico.
No entanto, Galvan enfrenta dificuldade para implementar seu projeto político. Ele é filiado ao PDT, que tem o vice-governador Otaviano Pivetta como principal postulante para concorrer ao cargo. Caso insista disputar, o partido terá que fazer uma eleição interna para escolher o melhor candidato que irá representar o agronegócio.
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Ele comentou que seu colega tem mais "know how" político e, por isso, é o favorito, mas, que irá aguardar a decisão do vice-governador e apoio, principalmente do segmento, para definir uma possível candidatura.
“Vamos pegar uma moedinha, porque se for lá dentro do partido o Pivetta tem um know how maior político, mas será que o eleitor hoje quer o político tradicional ainda? Será que ele não quer mudança de nomes novos na política como aconteceu no ano passado?”, questionou Galvan sobre escolhe de Pivetta como candidato.
“Vai depender de um acordo entre a gente, vejo isso como maior problema. Porque não podemos ter dois candidatos no mesmo partido. Deixei meu nome à disposição, temos uma demanda, inclusive nacional da própria participação, e principalmente do produtor que quando escuta o anúncio quer declarar apoio”, disse em entrevista à imprensa, nesta quinta-feira (16).
“Vamos pegar uma moedinha, porque se for lá dentro do partido o Pivetta tem um know how maior político, mas será que o eleitor hoje quer o político tradicional ainda? Será que ele não quer mudança de nomes novos na política como aconteceu no ano passado?”, questionou.
Ao reforçar que o eleitorado tem apostado em nomes novos para política, Galvan lembrou a eleição de 2018 onde o Nelson Barbudo (PSL) e a senadora Selma Arruda conseguiram se eleger sem ter experiência política.
“Não só dela [Selma] como de muitos outros, o próprio Nelson Barbudo esta aí. Quem acreditava que o próprio Nelson Barbudo sairia o mais votado dentro do Estado para deputado federal? Um cara que não tinha "know how" político, quantos outros foram nessa aí. Então, acredito que a população quer novos nomes. Então, um nome novo com expressão, acredito que leva muita vantagem direta no voto do eleitor, porque o eleitor não quer saber muito daquele político tradicional, muitos discursos e na prática pouco trabalho”, disse.
Ao ser questionado se poderia ficar na suplência de uma possível chapa de Pivetta, o presidente descartou a possibilidade.
“Normalmente você compõe com outros partidos as suplências, agora nada impede de se fechar chapa pura, então isso pode acontecer sem sombra de dúvidas nenhuma”, comentou.
Ao ser questionado se poderia ficar na suplência de uma possível chapa de Pivetta, o presidente descartou a possibilidade.
Candidato do agro
O presidente acredita que o setor do agronegócio deva ter mais de um candidato concorrendo à vaga como aconteceu no ano passado. Ele destacou que as “vaidades” prejudicam a construção de um consenso para indicação de um nome.
No ano passado, somente ao Senado, Mato Grosso teve três representantes do setor na disputa, são eles o ex-deputado Nilson Leitão (PSDB), o ex-presidente da Aprosoja e ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) e Adilton Sachetti (PRB).
“Estamos aberto para buscar o consenso, sem sombra de dúvida, para termos um legítimo representante, sendo que o Estado é o maior produtor da agropecuária brasileira. Agora, as vaidades são muitos grandes a maioria se tivesse parado, conversado e ouvido essa situação foi tentando por diversas vezes em conversas com o Sachetti, principalmente, Fávaro e Nilson Leitão”, lembrou.
“O Nilson não é produtor rural, mas ele é um grande defensor do setor, do segmento, não tem com ser contra sendo o Estado o maior produto. Infelizmente ninguém quis parar para ouvir e dançaram os três. Então, essa possibilidade pode existir sim, mas vamos tentar ver nesse ano, agora nessa eleição, a gente consegue chegar ao consenso em um nome”, complementou.
Mariângela Sampaio 18/01/2020
Tipo de candidato que eleitor mato-grossense, não obstante seja, em sua maioria esmagadora, trabalhador, escolhe para votar: velho, branco e milionário do agronegócio.
Maria Auxiliadora 18/01/2020
Esse candidato é a cara do eleitor mato-grossense: mega empresário do agronegócio (mais um); seu grupo político conhecido como bancada do boi/rural votou a favor de todos os projetos que retiraram direitos dos trabalhadores, idosos, crianças especiais e pobres (reforma trabalhista, previdenciária, congelamento de investimentos por 20 anos, venda da Petrobras, etc). Trabalhador mato-grossense não vota em trabalhador. Por vergonha ou burrice, não sei, mas o eleitor pantaneiro não se vê como o é, trabalhador pobre e de classe média. Síndrome de Estocolmo explica tanto masoquismo e falta de amor próprio me aos seus.
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