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Cuiabá, 12 de Julho de 2025
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27 de Novembro de 2017, 11h:55 - A | A

PODERES / COMISSÃO DE ÉTICA

Deputados citados em delação de Silval serão investigados

Ao todo, 15 deputados no atual mandato foram citados na delação do ex-governador Silval Barbosa, em suposto recebimento de vantagens ilícitas.

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



Os deputados estaduais envolvidos na delação do ex-governador Silval Barbosa e na Operação Malebolge podem ser investigados pela Comissão de Ética da Assembleia Legislativa por quebra de decoro. O pedido para abertura da investigação foi encaminhado ao corregedor da Comissão, deputado Saturnino Masson (PSDB).

“Encaminhamos para a Corregedoria o pedido da Ong para apurar a conduta dos deputados que foram citados pelo ex-governador Silval Barbosa e que foram alvos da Operação. Solicitamos a abertura da investigação e aguardamos o pronunciamento do corregedor”, explicou Leonardo Albuquerque.

Segundo o presidente da Comissão de Ética, Leonardo Albuquerque (PSD), o pedido de investigação foi feito pelo Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania (Ong Moral).

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“Encaminhamos para a Corregedoria o pedido da Ong para apurar a conduta dos deputados que foram citados pelo ex-governador Silval Barbosa e que foram alvos da Operação. Solicitamos a abertura da investigação e aguardamos o pronunciamento do corregedor”, explicou o parlamentar.

Ao todo, 15 deputados no atual mandato foram citados na delação de Silval. Guilherme Maluf (PSDB), José Domingos Fraga (PSD), Mauro Savi (PSB), Sebastião Rezende (PSC), Pedro Satélite (PSD), Gilmar Fabris (PSD), Romoaldo Júnior (PMDB), Baiano Filho (PMDB) e Dilmar Dal Bosco (DEM) aparecem em uma lista de pagamento de propina.

Alguns foram filmados recebendo dinheiro no gabinete do ex-assessor de Silval, Silvio Corrêa, para apoiar a gestão do ex-governador. Domingos Fraga aparece ao lado do atual deputado federal Ezequiel Fonseca (PP), enchendo uma caixa com dinheiro. Já Fabris foi flagrado cobrando propina e reclamando do valor repassado por Silvio.

O deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), foi acusado de negociar propina para conseguir a concessão da rodovia estadual MT- 130, para a instalação de pedágio. Adalto de Freitas, o Daltinho (SD), foi citado como chantagista por Silval. Segundo o ex-governador, ele teria gravado uma conversa em que parlamentares acertavam a cobrança de propina.

Já os deputados Wagner Ramos (PSD), Silvano Amaral (PMDB) e Oscar Bezerra (PSB) teriam supostamente cobrado valores para que Silval não fosse envolvido na investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo.

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSD), foi acusado de supostamente receber vantagem indevida paga pela empresa FDL, que prestava serviços ao Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT).

Oito dos parlamentares delatados: Bezerra, Fabris, Fraga, Nininho, Baiano, Silvano e Ramos, tiveram os gabinetes na Assembleia e residências vasculhados pela Polícia Federal em setembro, na deflagração da Operação Malebolge.

Leonardo Albuquerque pontuou que será o corregedor quem definirá a continuidade da investigação contra os colegas.

“O corregedor é quem decide se a investigação será acatada, caso o pedido esteja feito conforme manda a resolução que rege a Comissão de Ética”, concluiu o presidente da comissão.

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