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Cuiabá, 26 de Junho de 2025
26 de Junho de 2025

26 de Junho de 2025, 07h:00 - A | A

PODERES / PROJETO DE LEI

Deputado quer cancelar incentivos fiscais à Azul após cancelar voos regionais em MT

As rotas que serão suspensas, em julho, envolvem destinos para os aeroportos de Alta Floresta (MT), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Brasília (DF) e Maceió (AL).

DO REPÓRTERMT



O deputado estadual Wilson Santos (PSD) propôs projeto de lei para suspender os incentivos fiscais concedidos à companhia Azul Linhas Aéreas Brasileiras, após o anúncio do cancelamento de seis rotas regionais que operam a partir do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande. A proposta foi nessa quarta-feira (25), em sessão plenária.

Segundo o parlamentar, a decisão da companhia tomada fere as normas do Programa Estadual de Incentivo à Aviação Regional - VOE MT, instituída pela Lei Estadual nº 10.395/2016.

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“Há exatamente duas semanas, a Azul informou que vai cancelar alguns voos a partir do dia 1° de julho. A interrupção desses itinerários compromete o desenvolvimento econômico de Mato Grosso, uma vez que essas rotas são fundamentais para a logística, aos negócios no ramo da agropecuária e ao turismo. Diante disso, é necessário rever a legislação do VOE MT, para que empresas que descumprem contratos não continuem recebendo incentivos fiscais”, justificou o deputado.

Leia mais - Azul vai encerrar voos de Cuiabá a Alta Floresta

As rotas que serão suspensas, em julho, envolvem destinos para os aeroportos de Alta Floresta (MT), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Brasília (DF) e Maceió (AL). O deputado frisou o impacto sobre Alta Floresta, importante polo do ecoturismo no estado.

“Alta Floresta atrai turistas de diversas partes do Brasil e do exterior, interessados nas riquezas do bioma amazônico, como o Parque Estadual do Cristalino, que oferece atividades de observação de aves, trilhas e canoagem. Além disso, a região vive uma forte expansão do agronegócio, que exige conexões aéreas eficientes”, ressaltou.

O projeto de lei apresentado por Wilson prevê penalidades para empresas que encerrarem rotas de forma abrupta, sem justificativa técnico-operacional ou econômico-financeira devidamente comprovada e sem aviso prévio mínimo de 90 dias.

Entre as punições previstas estão a perda imediata do incentivo fiscal, devolução ao erário estadual, com correção monetária, dos valores recebidos nos últimos 24 meses, proibição de celebrar novos convênios com o Estado por até cinco anos e inclusão no cadastro estadual de empresas inidôneas para fins de benefícios fiscais, em caso de má-fé comprovada.

O Programa VOE MT tem como objetivo ampliar a malha aérea em Mato Grosso, incluindo rotas nacionais e internacionais. Os incentivos concedidos envolvem a redução da base de cálculo do ICMS sobre o querosene de aviação e a divulgação dos atrativos turísticos do estado pelas companhias aéreas parceiras.

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