RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) deve analisar na próxima sessão, marcada para o próximo dia 23, uma denúncia oferida contra seis pessoas - entre elas, o deputado estadual Mauro Savi (DEM) e o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques - que foram presos preventivamente após a deflagração da Operação Bererê, no dia 9 de maio.
O pedido para incluir a denúncia na pauta foi feito pelo relator da Bereré, desembargador José Zuquim Nogueira. Caso seja acatado pelos membros do Judiciário, eles se tornarão réus. A ação referente à Operação Bereré investiga o desvio de R$ 30 milhões através do contrato firmado entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) com a empresa EIG Mercados (antiga FDL).
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Além de Savi e Taques, a denúncia atinge o advogado Pedro Jorge Taques, irmão de Paulo, e os empresários Valter Kobori, Claudemir Pereira dos Santos e Roque Anildo Reinheimer. Desses apenas Kobori está solto após decisão do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Tofolli.
Em maio, o Ministério Público do Estado (MPE) ofereceu denúncia criminal contra 58 pessoas, entre elas, sete deputados estaduais, o ex-governador Silval Barbosa, ex-chefe de gabinete, Silvio Corrêa, ex-deputado federal Pedro Henry, além de empresários, por constituição de organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação.
O esquema
De acordo com o Ministério Público do Estado, os fatos vieram à tona a partir de colaborações premiadas com o ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, o “Doia”, e com os sócios proprietários da empresa FDL, atualmente EIG Mercados.
O esquema girou em torno da contratação da empresa responsável pela execução das atividades de registros junto ao Detran, dos contratos de financiamentos de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil e de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor.
Para obter êxito na contratação, a empresa se comprometeu a repassar parte dos valores recebidos com os contratos para pagamento de campanhas eleitorais. De início, Silval Barbosa e o deputado Mauro Savi teriam recebido, cada um deles, R$ 750 mil.
Leia mais
Recurso da PGR pede que empresário que pagou propina volte para a cadeia
Deputado e ex-secretário presos tentam 'carona' em HC para sair da cadeia
Júnior 14/08/2018
Quero só avisar que o Taques não sabia de nada. Kkkkk
1 comentários