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Cuiabá, 30 de Julho de 2025
30 de Julho de 2025

29 de Julho de 2025, 13h:17 - A | A

PODERES / ESQUEMA DE PROPINA

Câmara de Cuiabá é alvo de nova fase de operação que afastou vereadores

A ação policial, desdobramento da Operação Perfídia, foi cumprida na manhã desta terça-feira (29).

EDUARDA FERNANDES, DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



A Câmara de Vereadores de Cuiabá foi alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (29). A ação policial foi desdobramento da Operação Perfídia, conduzida pela Polícia Civil, que resultou no afastamento dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), em abril deste ano.

O Legislativo municipal não informou quais gabinetes foram alvos dos policiais, sob argumento de que as investigações tramitam em segredo de Justiça.

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“A Casa de Leis adotou todas as medidas necessárias para garantir o pleno acesso às informações solicitadas, colaborando integralmente com as autoridades competentes e assegurando o respeito ao devido processo legal, primando pela ética e transparência”, diz nota enviada à imprensa.

Vereadores afastados

Chico 2000 e Sargento Joelson são acusados de solicitar propina a um então funcionário da HB20 Construções, responsável pela execução das obras no Contorno Leste. O pagamento seria uma condição para articular na Câmara a aprovação de um projeto de lei que possibilitou o recebimento de R$ 4.849.652,46, pagos pela Prefeitura de Cuiabá à empresa.

Na época, Chico 2000 atuava como presidente da Mesa Diretora da Casa e tinha poder de influência sobre os demais vereadores, além de determinar o que era ou não votado em plenário. De acordo com as investigações, a propina teria sido paga ao Sargento Joelson, que recebeu R$ 250 mil. Sendo R$150 mil via Pix e R$100 mil em espécie.

Medidas

Além do afastamento, Chico 2000 e Sargento Joelson foram proibidos de manter contato entre si, com testemunhas e com servidores da Câmara, e de acessar as dependências do órgão legislativo ou as obras do Contorno Leste.

Além disso, os dois não podem se ausentar da cidade sem autorização judicial e tiveram que entregar seus passaportes.

O esquema foi denunciado pelo prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL), enquanto ele era deputado federal.

A ordem de afastamento é de 180 dias e, enquanto isso, eles continuam recebendo salário mensal de R$ 26 mil cada.

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