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Cuiabá, 28 de Maio de 2024
28 de Maio de 2024

01 de Fevereiro de 2017, 14h:40 - A | A

PODERES / RÉU POR CORRUPÇÃO

Alan Malouf depõe no Gaeco e nega delação sobre esquema na Seduc

Dono do Buffet Leila Malouf é apontado como um dos líderes no esquema de fraudes em licitações de obras na Secretaria de Educação

CELLY SILVA
DA REPORTAGEM



O empresário Alan Malouf não fará delação premiada no caso das fraudes em licitações de obras da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

“Não. Nós estamos trabalhando para construir a defesa dele no processo. Ele vai comparecer a todos os atos e isso [delação] não foi cogitado”, afirmou o advogado Huendel Amorim.

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Durou menos de uma hora o depoimento de Malouf, dono do Buffet Leila Malouf, ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), na tarde desta quarta-feira (1º). 

Para evitar os jornalistas e fotógrafos, Alan saiu pela porta dos fundos do prédio do Ministério Público Estadual (MPE), ao mesmo tempo em que seu advogado, Huendel Rolim, saía pela porta da frente e conversava com os jornalistas.

O empresário é réu na ação penal decorrente da Operação Grão Vizir, desdobramento da Operação Rêmora, que investiga esquema de fraude em licitações de obras e cobrança de propina de empreiteiros, na Secretaria de Educação, na gestão do governador Pedro Taques (PSDB). 

Huendel Rolim afirmou que não poderia se pronunciar sobre o que foi perguntado pelos promotores ao seu cliente, pois eles afirmaram que o caso será investigado em segredo de Justiça.

"A defesa vai manifestar apenas e tão-somente que Alan continua à disposição das autoridades, como sempre esteve. (...) Nós acabamos de ter essa conversa com os promotores do Gaeco e nós vamos respeitar o sigilo das investigações”, disse.

Rolim também negou que o motivo do sigilo do depoimento seja por citação de políticos com foro privilegiado.

“O Gaeco não nos posicionou sobre os motivos para o sigilo, mas, possivelmente, deve ser para não atrapalhar as investigações”. 

Devolução de dinheiro

Sobre se haverá ressarcimento de valores ao erário por parte de Alan Malouf, o advogado afirmou que essa possibilidade já foi apresentada pelo seu cliente à Justiça, mas vai aguardar primeiro ser notificado sobre o recebimento da denúncia que o tornou réu na ação penal, que tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

“Nós ainda não fomos notificados sobre o recebimento da denúncia. Nós aguardamos e, dentro do processo, vamos apresentar a defesa e os argumentos para combater e, efetivamente, se for exigida alguma devolução ou ressarcimento, o Alan já colocou patrimônio à disposição da Justiça para que isso seja feito”, disse.

Constrangimento

Alan Malouf chegou às 13h59 ao Gaeco, acompanhado do advogado Huendel Rolim. Visivelmente constrangido, ele preferiu não conversar com os jornalistas que o aguardavam. 

De acordo com o promotor Carlos Roberto Zarour, que fez o interrogatório do empresário, Alan Malouf seria questionado sobre desdobramentos do esquema de corrupção na Seduc, após o MPE encontrar novos documentos que precisam ser esclarecidos.

Os documentos foram entregues pelo empresário Ricardo Augusto Sguarezi, dono da Aroeira Contruções e da Relumat Construções, que também é colaborador nas investigações e já afirmou ter pago propina para o ex-servidor da Seduc, Fábio Frigeri.

Ele disse que também pagou propina para o empresário Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora e da Guizardi Júnior Engenharia, que também é delator na operação e réu, acusado de ser o operador do esquema. 

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 Promotor Carlos Roberto Zarour. 

"Foi feito compartilhamento de provas aqui do Gaeco para investigar quem participou dessas corrupções", disse o promotor. 

Segundo Zarour, essas novas provas podem desencadear novos indiciamentos e novas ações penais. 

Questionado se algum membro do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) irá participar do interrogatório de Alan Malouf, Carlos Zarour negou.

No entanto, adiantou que, caso nomes de pessoas com prerrogativa de foro privilegiado sejam novamente citados pelo empresário, tudo será encaminhado para o Naco, que é o setor competente do Ministério Público para processar políticos.

Veja a chegada de Alan Malouf ao Gaeco:

 

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Paulo 01/02/2017

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