METRÓPOLES
Um dos suspeitos de participar do assassinato do jogador Daniel Freitas disse nesta segunda-feira (12/11), à Polícia Civil do Paraná, que o empresário Edison Brittes, apontado como principal autor do crime, levou o atleta a um matagal com o objetivo de castrá-lo. Ele confirmou seu envolvimento, segundo a defesa.
“Eles se associaram para fazer uma castração da vítima. Houve convite do Edison Brittes para que fossem juntos para segurar o Daniel para que esse pudesse fazer a castração”, disse Edson Stadler, advogado de Eduardo Henrique Silva, de 20 anos.
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O rapaz estava com Brittes no carro que levou o atleta ao local onde foi morto. No depoimento, Silva disse que se soubesse que o empresário iria matar Daniel não o teria acompanhado. O suspeito é primo de Cristiana, mulher de Brittes.
A defesa dos outros dois jovens que estavam no veículo nega esta versão. O corpo do jogador foi encontrado com sinais de espancamento e o pênis decepado.
Ocorrências
De acordo com reportagem do portal Massa News, o empresário Edison Brittes foi denunciado à polícia pela própria mãe depois de ser cobrado por uma dívida antiga. Boletins de ocorrência registrados no começo deste ano mostram que a mãe de Edison Brittes emprestou R$ 165 mil ao filho em outubro de 2014, referente à venda de um imóvel. O dinheiro seria utilizado para que o rapaz pudesse investir em um negócio próprio.
Ainda segundo a reportagem, ambos combinaram que o valor seria pago em até um ano, mas a dívida nunca foi sanada. Quando a mãe de Edison cobrou, ele a ameaçou. O filho xingou a própria mãe com palavras de baixo calão e ainda disse que ela seria “folgada demais e que vive nas costas dos outros”.
O caso ainda está em andamento na Justiça e uma audiência já está marcada para fevereiro do ano que vem. Um tio de Edison ainda revelou que este não é o primeiro atrito familiar que o empresário se envolve. O primeiro “roubo” cometido por Edison, segundo esse tio, foi cometido aos 17 anos de idade, quando ele levou R$ 30 da sua carteira. Edison não tem um bom relacionamento com o pai há alguns anos.
Informações divulgadas pelo Jornal Nacional apontam que, antes de confessar o crime, o comerciante que matou Daniel teria ligado para a mãe do jogador oferecendo ajuda para encontrar o assassino. O comerciante Edison Brittes Júnior tem passagens pela polícia e duas são por porte ilegal de arma.
Num boletim de ocorrência de junho, os policiais dizem que pararam o carro de Edison porque ele estava em alta velocidade. Dentro foi encontrada uma pistola carregada. Edison tinha o registro, mas não tinha a guia para transportar a arma. Os policiais levaram o comerciante para a delegacia.