facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 23 de Maio de 2025
23 de Maio de 2025

27 de Agosto de 2012, 10h:26 - A | A

NACIONAL / FLORES TROPICAIS

Plantio alcança 30% do setor

Hoje, 80% do produto comercializado em MT vem de fora, espécie, porém, começa ganhar espaço.

FOLHA DO ESTADO



 

Campeão na produção de soja e milho, Mato Grosso tem solo e condições climáticas para também se tornar um produtor competitivo no mercado de flores tropicais. Hoje, quase 80% das espécies ainda vem de outros estados com São Paulo, principalmente aquelas como a rosa, por exemplo. Frente a esse cenário, as flores de clima tropical representam 30% da produção estadual. Porém, ainda não é possível dizer ao certo quanto esse mercado movimenta. Para este ano, a projeção é de expansão de 15% na comparação com 2011. A Baixada Cuiabana é onde se concentra a maior produção.

Estima-se que mundialmente o setor de flores (todos os tipos) movimente cerca de US$ 800 milhões a cada ano. No país gera cerca de 120 mil empregos diretos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). Números do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontam que a atividade empregue entre 15 e 20 trabalhadores por hectare, gerando uma renda de R$ 50 a R$ 100 mil mensal. Em Mato Grosso essa realidade ainda não é macro, porém segundo informações do setor, com o cultivo das tropicais, o Estado já tem se destacado a até 2014, pode crescer em até 50% sua produção.

CENÁRIO

O cultivo de plantas tropicais exige condições climáticas favoráveis: muito calor e sol forte. Nesse contexto Mato Grosso sai na frente. Como são flores que necessitam de investimentos menores frente à produção de rosas, por exemplo, as tropicais tem se tornado a melhor opção regional.

De acordo como o consultor do Sebrae especialista no mercado de flores, Augusto Aki, espécie já representam 30% do mercado floral da capital, no qual se concentra 80% da produção do Estado.  Hoje, o setor conta com uma mão de obra com mais de 50 pessoas, e a expectativa é do segmento deslanchar ainda mais nos próximos dois anos, com a demanda de eventos por conta da Copa de 2014.

Aki explica que como o custo de produção para as tropicais é bem menor, uma vez que não se utiliza de estufas e as flores chegam a durar 20 dias, o preço também é diferenciado. “Hoje é bem mais em conta a produção de tropicais, do que de rosas, por exemplo”, explica. De acordo com ele, uma aste da flor tropical sai a partir de R$ 1,00, enquanto a rosa varia até R$ 2,50. 

PRODUÇÃO

Na Grande Cuiabá alcançando Chapada dos Guimarães são 12 plantações do gênero, em uma área que juntas somam 20 mil hectares (ha) com apenas doze produtores. 

Entre as mais cotadas estão as Helicônias, Alpínias e Bastão de Imperador. O gestor do Projeto de Flores do Serviço Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas Empresas de Mato Grosso (Sebrae/MT), Aureliano da Cunha Pinheiro, conta que a aposta no segmento de flores tropicais no Estado pode ser considerada recente, sendo há cerca de 25 anos. Segundo ele, até então o grande produtor era o Nordeste do país, principalmente em Pernambuco. “Nos últimos anos a produção de tropicais tem se destacado frente ao de rosas por exemplo, uma vez que são mais favoráveis ao clima e mais baratas para se produzir”, afirma. 

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Comente esta notícia