G1
DA REDAÇÃO
Ao celebrar nesta segunda-feira (25) no microblog Twitter o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a sociedade brasileira ainda é "sexista e preconceituosa". Segundo a chefe do Executivo, a violência contra as mulheres "envergonha" o país.
“A violência contra a mulher envergonha uma sociedade que, infelizmente, ainda é sexista e preconceituosa”, escreveu a presidente no microblog. “É uma forma de preconceito do ‘mais forte’ contra a mulher apenas pelo fato de ser mulher”, completou.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Dilma aproveitou as mensagens sobre a data comemorativa para destacar o programa federal “Casa da Mulher”, que reúne em um mesmo local delegacias especializadas no atendimento ao sexo feminino, Ministério Público, Defensoria Pública e Judiciário.
Na rede social, a presidente afirmou que as Casas da Mulher são o caminho para garantir um combate "permanente e sistemático" à violência praticada contra as mulheres.
'Las Mariposas'
O dia 25 de novembro ficou mundialmente conhecido como o Dia da Não Violência contra a Mulher. A data homenageia três irmãs ativistas, Pátria, Minerva e Maria Teresa Mibal, que foram assassinadas, em 1961, pela ditadura de Leonidas Trujilo (1930-1961), na República Dominicana.
“Las Mariposas”, codinome utilizado em atividades clandestinas, lutavam pela melhoria das condições de seu país, principalmente, em questões de direitos humanos. As irmãs também acreditavam que o ditador levaria o país ao caos econômico e, então, formaram um grupo de oposição ao regime. Em 1999, a Organizãção das Nações Unidas (ONU) oficializou a data.
No Twitter, Dilma citou a luta das mulheres brasileiras. "Graças às lutas das mulheres, o Brasil está mudando. A Lei Maria da Penha foi o alicerce do combate à violência contra as mulheres", escreveu.
Casa da Mulher
As Casas da Mulher Brasileira fazem parte do programa Mulher Viver sem Violência, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres. A iniciativa pretende reunir em um mesmo espaço serviços públicos necessários ao combate à violência contra a mulher. Serão reunidos nesses locais delegacias especializadas, equipes psicossociais, promotorias, defensorias, além de orientação sobre emprego e renda. Também haverá brinquedotecas, para as mães poderem deixar seus filhos.
A implementação do programa se dará por meio de parceria com os estados. Cada Casa da Mulher deverá custar R$ 4,3 milhões, incluindo a construção, aquisição de equipamentos, mobiliário e transporte. A expectativa é atender 72 mil mulheres por ano.