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DA REDAÇÃO
Preso desde terça-feira por não ter entregue seu passaporte à Polícia Federal, após ser condenado a 33 anos de prisão por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico, Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, será libertado na segunda-feira, dia 14. Advogado do ex-goleiro do Santos, Eugênio Carlos Balliano Malavasi conseguiu uma liminar que suspendeu os efeitos de sua prisão. Edinho vem enfrentando problemas com a Justiça, por conta de seu envolvimento com o tráfico, há anos. Pelé, mais uma vez, recusou-se a comentar o fato.
A liminar foi concedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Edinho estava preso na cadeia anexa do 5º Distrito Policial de Santos e chegou a ser transferido para o Centro de Detenção Provisória, mas acabou retornando à cadeia.
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Ele estava em casa, sozinho, ao ser preso. Sua defesa alega que ele já declarou à Polícia Federal a perda do documento e que por isso não pode entregá-lo. O TJ condicionou a liminar de soltura a trës atos: comunicar mudança de endereço, nãop viajar para o exterior e monitoramento eletrônico com tornozeleira.
“Ele não entregou o passaporte, e alegou que perdeu o documento. Diante do risco de fuga, foi pedida a prisão preventiva”, contou Marcelo Gonçalves da Silva, delegado que comandou a operação para prendê-lo.
Edinho foi julgado e condenado pela 1ª Vara Criminal de Praia Grande, que fica no litoral Sul de São Paulo. A ordem de prisão foi expedida pela juíza auxiliar Suzana Pereira da Silva, já que desde o dia 30 de maio, quando foi condenado, ele deveria ter entregue seu pasaporte. Além dele foram condenados também Maurício Louzada Ghelardi, mais conhecido como Soldado; Nicolau Aun Júnio, o Véio;, Clóvis Ribeiro, o Nai; e Ronaldo Duarte Barsotti, o Naldinho, que tinha ligações com a principal facção criminosa do Rio de Janeiro. Ele era o líder da quadrilha, de acordo com as investigações do Denarc de São Paulo.
Edinho foi preso em junho de 2005 em Santos acusado de ter ligações com Ronaldo Duarte Barsotti, mais conhecido como "Naldinho", apontado pela polícia como um dos principais traficantes da área. Na época, o ex-goleiro negou as acusações e afirmou ser apenas dependente químico.
Em 17 de dezembro de 2005, o filho de Pelé foi solto ao obter um habeas corpus no Superior Tribunal Federal (STF). Mas, em fevereiro de 2006, o Ministério Público denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro. A denúncia resultou em uma nova prisão, 47 dias após conseguir a liberdade. A defesa chegou a requisitar várias vezes o habeas corpus de Edinho, mas todos foram negados.
No dia 21 de dezembro de 2006, a ministra Ellen Gracie havia negado pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-jogador. No entanto, sete dias depois, os advogados pediram reconsideração da decisão. O ex-goleiro, então, saiu da Penitenciária de Tremembé um dia depois do pedido.