GAZETA
Devolução de cheques por insuficiência de fundos em Mato Grosso diminuiu 2,28% de janeiro a agosto deste ano, sobre o mesmo período de 2011. Foram 300 mil devoluções até o mês passado, contra 307 mil registradas para igual intervalo do último ano, conforme o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundo, divulgado nesta terça-feira (18). Apesar da redução, a participação do número de cheques devolvidos em relação ao universo de compensados está maior neste ano no Estado.
Na mesma base comparativa, o índice de devoluções correspondeu a 4,77% em 2012, enquanto em 2011 alcançou 4,07%. Ou seja, do total de 6,283 milhões de cheques compensados de janeiro a agosto deste ano pelas instituições bancárias mato-grossenses, 300 mil foram devolvidos. No mesmo período do ano passado, a relação foi de 307 mil devoluções para um total de 7,538 milhões de cheques emitidos. Com esse percentual, Mato Grosso manteve a 12ª posição no ranking de inadimplência por cheques.
Na análise isolada do resultado de agosto foi observada queda de 16,58% na inadimplência por cheques neste ano, ante igual mês de 2011. No último mês foram devolvidos 33,2 mil cheques em Mato Grosso, contra 39,8 mil em agosto de 2011. De acordo com economistas da Serasa Experian, a diminuição na inadimplência está relacionada à redução nas taxas de juros e ao interesse dos consumidores em regularizem os débitos.
Diretor da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat), Manuel Gomes, observa que esse movimento é natural a partir do 2º semestre, quando a população liquidou os débitos relacionados a impostos como IPTU e IPVA, e começa a organizar o orçamento visando as férias e as compras de Natal.
Gomes pondera ainda que os mecanismos lançados pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) para fortalecer a segurança dos estabelecimentos que operam com cheque não foram suficientes para sustentar um aumento na utilização desta forma de pagamento. Números apresentados pela Serasa revelam que em Mato Grosso a redução no número de cheques compensados no acumulado de janeiro a agosto deste ano foi de 16,65%, totalizando 6,283 milhões de compensações até o mês passado, contra 7,538 milhões em igual período de 2011. “As pessoas temem a clonagem, furto e até os bancos não liberam mais talões, apenas um número limitado de folhas”.
Adepto desse instrumento de pagamento há 2 anos, o taxista Francisco Felipe Motta, diz que passou a utilizar o cheque porque o banco do qual é cliente disponibilizou. “Nunca tive problemas e nem dificuldades para pagar com cheque, que uso para compras em supermercado e lojas de eletrodomésticos”. Já os estabelecimentos aceitam os cheques desde que o cadastro do cliente seja aprovado.