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Cuiabá, 27 de Abril de 2024
27 de Abril de 2024

28 de Dezembro de 2016, 08h:27 - A | A

NACIONAL / AGRESSÃO NO METRÔ

'Arrependido', diz suspeito de matar ambulante no Metrô de SP após prisão

Ricardo Nascimento Martins foi preso na região de Campinas, no interior do Estado. Ele estava escondido na casa de um amigo e foi trazido para DHPP.

G1



Preso na noite desta terça-feira (27), Ricardo Nascimento Martins, um dos suspeitos de agredir e matar o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas na estação Pedro 2º do Metrô de São Paulo, disse a jornalistas estar "arrependido"

Questionado sobre a agressividade dele e do primo Alípio Rogério Belo dos Santos, que segue foragido, Ricardo afirmou que "estava alterado" por ter consumido "cachaça", mas que isso não justificava a agressão ao ambulante. "O certo é a gente pagar."

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Ricardo foi detido na região de Campinas, no interior do Estado, e levado ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), na capital paulista. Ele deve ser transferido a uma delegacia, segundo a GloboNews, e ser submetido a depoimentos com testemunhas nesta quarta-feira (28).

Ricardo Nascimento Martins, de 21 anos, foi preso na noite desta terça-feira (27). Ricardo foi detido em Itupeva, na região de Campinas, no interior do Estado, e levado para a capital.

O suspeito estava escondido na casa de um amigo em Itupeva e os policiais do Decade (Departamento de Capturas Especializadas) prenderam Ricardo no fim da noite desta terça-feira (27). Ele foi trazido durante a madrugada desta quarta (28) para o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) no Centro de São Paulo.

O suspeito preso será levado às 9h para delegacia do Metrô, localizada na estação Palmeiras/Barra Funda, para ser reconhecido por testemunhas, como a travesti Raíssa.

Ricardo e Alípio tiveram prisão temporária decretada pela Justiça e o governo de São Paulo ofereceu recompensa de R$ 50 mil por informações sobre o paradeiro deles.

O delegado que investiga o caso, Oswaldo Nico, afirma que os dois suspeitos se separaram após terem cometido o crime, segundo a GloboNews, e as buscas serão intensificadas na Baixada Santista, pois a suspeita é que Alípio esteja escondido no Guarujá.

A ex-mulher de Alípio afirmou ao Jornal Nacional que o ex-companheiro tem temperamento explosivo. Ela não quis ter o rosto nem o nome divulgado. "Ele tinha esses acessos de loucura, às vezes, chutava as coisas. Ele batia nas coisas, gritava, xingava, chamava atenção dos vizinhos nessas brigas", disse.

A jovem espera que ele se entregue à polícia e diz estar preocupada principalmente com a filha. "Ainda estou em choque com essa história toda, porque isso vai impactar muito na vida dela".

O crime

Os dois são suspeitos de matar Ruas, que trabalhava como ambulante do lado de fora da estação Pedro II, no centro de São Paulo, após ele tentar defender um homossexual e uma travesti que eram perseguidos pelos suspeitos.

As imagens das câmeras da estação mostram a perseguição de dois homens à travesti. Ela passa por baixo da catraca do metrô, corre com os criminosos em seu encalço e consegue escapar. Em seguida, quem já aparece fugindo dos agressores é Ruas. Mas ele cai e é atingido por repetidos socos e pisões dos dois homens.

A estação Pedro II, da Linha 3-Vermelha do Metrô, não contava com nenhum segurança quando Ruas, de 54 anos, foi espancado. As agressões ocorreram em frente a uma bilheteria, por volta das 20h do Natal, e foram registradas por câmeras segurança.

Ruas morreu no hospital e teve corpo velado nesta terça no Cemitério Jardim Vale da Paz, em Diadema, na Grande São Paulo. Ele trabalhava há mais de 20 anos na saída de uma passarela para pedestres do lado de fora da estação onde foi morto.

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