RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
A investigação da Operação Sodoma, já interrogou 16 pessoas associadas ao escândalo de propinas para concessão de incentivos fiscais bilionários em Mato Grosso. Também levou à prisão o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e dois ex-secretários de Estado, Pedro Nadaf (Indústria, Comércio, Minas e Energia, que também comandou as pastas de Fazenda e Casa Civil) e Marcel de Cursi (Fazenda), Todos continuam presos.
A maior parte dos ouvidos coercitivamente (obrigados judicialmente a prestarem depoimentos) são funcionários ou familiares da família Nadaf, que é tradicional em Cuiabá.
A Defaz também questionou sobre o esquema a ex-mulher de Nadaf, Cibele de Aguiar e a atual, Geisiane Rodrigues Antelo, além do filho do ex-secretário, Pedro Nadaf Filho.
A estimativa é que apenas a família Nadaf recebeu R$ 100 mil em propina para a concessão de incentivos, em Mato Grosso, isso de apenas uma das empresas - Tractor Parts, do empresário João Batista Rosa. A ex-mulher do ex-chefe da Casa Civil, Cibele Bojikian, recebeu R$ 36 mil, enquanto a atual esposa Geiziane Rodrigues Antelo ficou com R$ 9 mil. A irmã Yasmin Jamil Nadaf, teve emitido em seu nome um cheque na ordem de R$ 3 mil e Marcos Moysés Nadaf com R$ 25,3 mil.

O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB) teve no término de sua gestão em dezembro do ano passado, seu nome ligado ao esquema após a delação do dono da Tractor Parts João Batista da Rosa. As propinas pagas pelo empresário na ordem de R$ 2,6 milhões seriam para pagar dívidas de campanha. O grupo político do ex-governador, a exemplo do depoimento prestado por Frederico Muller Coutinho, sócio proprietário do Grupo C, afirma ter descontado em sua factoring vários cheques do Grupo Parts, cujo montante desses cheques chegavam à quantia de aproximadamente RS 500 mil.
O ex-secretário de Estado Pedro Nadaf (que respondeu pelas pastas de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Fazenda e Casa Civil) recebeu do sócio proprietário do Grupo Tractor Parte, João Batista Rosa, a quantia de aproximadamente R$ 2,3 milhões a título de propina para concessão da renovação do beneficio fiscal. Nadaf montou uma empresa, a NBC ASSESSORIA CONSULTORIA E PLANEJAMENTO LTDA, para lavar o dinheiro. A NBC recebeu cheques nominais da Tractor Parts no valor de aproximadamente R$ 25, 6 mil através de emissão de notas fiscais de serviços. Um relatório técnico da Delegacia Fazendária mostra ainda que o ex-secretário 'lavou' outros R$ 521 mil por meio da empresa. Na Junta Comercial do Estado (JUCEMAT) Pedro Nadaf Filho também fazia parte da empresa.

O ex-secretário de Estado de Fazenda do Estado de Mato Grosso, e que recentemente estava lotado na AGER, Marcel de Cursi, recebeu R$ 5 mil em propina via Pedro Nadaf, para a confecção da minuta do mencionado recurso, conforme depoimento já prestado.
Narjara de Bairros foi outra servidora que ajudou no esquema de propina na 'farra' dos incentivos fiscais. Ela estava lotada no Detran – MT como chefe de gabinete, bem como na Junta Comercial do Estado como secretária Geral no governo e havia sido exonerada pelo governador Pedro Taques (PSDB). De acordo com o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro, com base nas microfilmagens ficou demonstrado que Narjara foi beneficiária de R$ 35,7 e que segundo informações teria ligação com Pedro Nadaf.






Cibele de Aguiar Bojikian Nadaf, ex-esposa de Nadaf e servidora pública da Companhia Mato-grossense de Mineração – METAMAT - foi beneficiada com a quantia de aproximadamente R$ 36, 8 referentes aos cheques em pauta.

Leandro Lima 22/09/2015
Agora sim eu entendi a participação de todos parabéns ao jornal por essa matéria completa
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