facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 14 de Setembro de 2025
14 de Setembro de 2025

01 de Outubro de 2016, 07h:46 - A | A

JUDICIÁRIO / BILHÕES EM GOLPES

João Emanuel oferecia jantares de luxo e viagens ao exterior para atrair vítimas

O Ministério Público Estadual (MPE) alega que tudo era forjado para dar “ares de credibilidade à empresa”, a Soy Group através da qual o bando oferecia investimentos, que não passavam de fraudes.

FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO



Para dar veracidade de que seus “clientes” estariam fazendo um bom negócio ao fecharem operações comerciais fraudadas pelo grupo criminoso que seria liderado pelo o ex-vereador João Emanuel e o empresário Walter Dias Magalhães, os representantes da empresa de “fachada” Soy Group Holding América Ltda, ofereciam às vítimas, almoços e jantares em restaurantes luxuosos e até viagens internacionais. O Ministério Público Estadual (MPE) alega que tudo era forjado para dar “ares de credibilidade à empresa”.

O grupo exigia que os “clientes” depositassem uma quantia a título de caução. Esse caução, que representava valores milionários, não voltava para quem estava realizando o suposto empréstimo.

A confiabilidade conquistada por tais práticas foi tanta que os golpes, praticados em todo o território nacional, teriam somado fraudes em torno de R$ 2 bilhões. 

Segundo o MPE, o golpe do grupo consistia em atrair pessoas com capacidade financeira para obter empréstimos milionários junto a bancos estrangeiros com juros menores. No entanto, para que a suposta transação fosse concluída, os líderes do grupo, João Emanuel e o proprietário da Soy Walter Dias Magalhães Júnior, exigiam que os “clientes” depositassem uma quantia a título de caução. Esse caução, que representava valores milionários, não voltava para quem estava realizando o suposto empréstimo. Já com o dinheiro em mãos, após a transação ninguém do grupo era mais encontrado pelas vitimas.

Além disso, segundo o MPE, para garantir que suas vítimas não perderiam dinheiro, o grupo chegava a oferecer um falso seguro para os valores repassados.

Além disso, segundo o MPE, para garantir que suas vítimas não perderiam dinheiro, o grupo chegava a oferecer um falso seguro para os valores repassados. Desta forma, segundo o MPE, as vítimas sentiam maior confiança de que se o empréstimo no banco estrangeiro não desse certo eles teriam o caução de volta. Para isso o grupo contratou um especialista em seguro que organizava a papelada e deixava disponível para o grupo.

Consta na denúncia também, que a empresa teria criado uma sofisticada página na internet, na tentativa de não deixar dúvidas de que aquela seria uma empresa idônea. “Quando buscado o endereço indicado como sede, o aplicativo Google Maps, aponta que é uma empresa de fachada, pois no local existe apenas uma escola e algumas residências nas adjacências”, diz trecho da denúncia.      

Somente na primeira representação contra o bando foi constatado que eles teriam praticado pelo menos cinco grandes golpes. Ao total, estima-se que os envolvidos, João Emanuel, Walter Dias, Shirlei Aparecida Matisuoka Arrabal, Marcelo de Melo Costa e Evandro José Goulart tenham lucrado mais de R$ 2 bilhões em falsas transações. 

Em um dos golpes, uma vítima afirma que João Emanuel, se presentanso como vice-presidente do Soy Group, teria

utilizado o auxílio de um falso chinês para ludibriá-lo em um suposto investimento com parceria com a China, fazendo com que o investidor emitisse 40 folhas de cheque, que juntas somam o valor de R$ 50 milhões. Na ocasião, o ex-vereador se passava por intérprete do suposto idioma oriental.   

Por conta dos golpes, João Emanuel foi preso e está recolhido no Centro de Custódia de Cuiabá. Seu pai, o juiz aposentado Irênio Lima Fernandes e o irmão, Lázaro Moreira Lima, também estão envolvidos. Para retirarem a tornozeleira eletrônica, cuja determinação foi exarada pelo juízo da 7ª Vara Criminal, terão que pagar R$ 299 mil cada. 

Comente esta notícia