DA REDAÇÃO
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma ação penal acusando o senador Jayme Campos (DEM) de peculato (desvio ou apropriação de recursos públicos por servidor), nesta quinta-feira (4).
De acordo com a Procuradoria-Geral de República, o democrata, então governador de Mato Grosso, em 1994, teria dispensado licitação e supostamente superfaturado a compra de equipamentos e materiais hospitalares, adquiridos com verba federal.
A denúncia aponta que para dispensar a licitação, o então presidente da comissão de licitação do Estado teria enviado um documento ao secretário de Saúde da época, exigindo que a verba, encaminhada para o convênio, tivesse que ser liberada no caratér de urgência, diante da ‘crise na saúde’.
Com o ofício, o secretário de Saúde encaminhou a proposta a Jayme, que determinou a dispensa de licitação. Os materiais hospitalares foram adquiridos por R$ 323. 232. No entanto, o valor gasto foi considerado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como superfaturado. O MP ainda considerou que a dispensa de licitação, assinada pelo então governador Jayme, não tinha enquandramento na lei.
OUTRO LADO
A assessoria de imprensa de Jayme Campos informou que ele irá se expressar apenas pelo advogado Huendel Rolim. Ainda conforme a nota, a defesa deve ingressar no STF contra a abertura do inquérito, por entender que o tribunal não agiu conforme a lei, violando normas e princípios constitucionais.
ELEIÇÕES 2014
Jayme registrou candidatura para concorrer a reeleição ao Senado neste ano, mas no dia 21 de julho desistiu de participar do pleito. O democrata alegou falta de apoio dos candidatos das legendas aliadas ao DEM. Com isso, a coligação substituiu Jayme pelo também ex-governador do Estado, Rogério Salles (PSDB).
Com a renúncia da candidatura, o senador divulgou uma nota afirmando que saia sem ressentimentos.
Mesmo com o término do mandato de senador no fim deste ano, Jayme não decidiu seu futuro político. Porém informações de bastidores apontam que ele volta a concorrer ao cargo de prefeito de Várzea Grande, nas eleições de 2016.