DA REDAÇÃO
A defesa do empresário Filadelpho dos Reis Dias entrou com um Habeas Corpus na Justiça para tentar dar prosseguimento ao recurso que tenta provar que ele é inocente no crime de ameaça contra o também empresário Valdinei Mauro de Souza, sócio do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), no ramo da mineração.
Na última sexta-feira (28), o Diário Eletrônico da Justiça publicou a decisão da juíza Ana Cristina Mendes que negou o prosseguimento do recurso feito pela defesa de Dias.
Filadelpho foi condenado pelo crime de ameaça e a Justiça reverteu o tempo de prisão – que pode variar de seis a um ano de detenção - pelo pagamento pecuniário de R$ 20 mil, ou duzentas cestas básicas ao valor de R$ 100 cada. O empresário foi condenado a um mês de prisão.
A denúncia contra o empresário Filadelpho dos Reis Dias foi feita pelo Ministério Público do Estado.
“Consta dos inclusos autos do Termo Circunstanciado, peça informativa em que se apoia a presente denúncia, que no dia 09 de janeiro de 2012, por volta das 14:00 horas, em local ainda não identificado, nesta Capital, o denunciado ofendeu a liberdade individual da vítima Valdinei Mauro de Souza (...), quando a ameaçou com promessa de um mal injusto e grave, que a deixou, e ainda está, atemorizada, temendo pela sua vida e integridade física. Consta dos autos que a vítima e o denunciado são ex-sócios proprietários de uma empresa no ramo de mineração, sendo que a sociedade fora desfeita por iniciativa da vítima, posto que o denunciado não estaria cumprindo com as suas obrigações sociais inicialmente firmadas.
O denunciado telefonou para a vítima propondo uma reunião entre eles para, supostamente, resolver assuntos pendentes relacionados à sociedade empresária que fora desfeita. A vítima, por sua vez, afirmou que o denunciado que devia parar de lhe causar transtornos, como vinha fazendo.
Em razão da dissolução e de tais fatos, o denunciado, ameaçou de morte a vítima, na data e horário retrocitados, utilizando-se de meio telefônico. Na ocasião proferiu contra ela ameaça séria e idônea, nos seguintes termos: “Se as divergências entre eles não parassem e porventura atingisse a sua família ele iria pessoalmente matar a vítima, haja vista que a briga estaria apenas começando e a vítima não teria noção do que ele é capaz de fazer”, diz trecho da denúncia do MPE.
Em abril do ano passado, Filadelpho chegou a ficar preso no Complexo da Polínter, mas foi solto após um Habeas Corpus.