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Cuiabá, 25 de Janeiro de 2025
25 de Janeiro de 2025

23 de Novembro de 2015, 18h:29 - A | A

JUDICIÁRIO / DEPOIMENTO NO GAECO

Ex-servidora admite ter usado conta pessoal para despesas de deputado

Ana Paula Ferrari confessou, em depoimento, que o deputado usou sua conta pessoal entre os anos de 2010 e 2012, já que as contas dele e da esposa estavam bloqueadas.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



O Ministério Público do Estado (MPE) acredita que a ex-funcionária da Ana Paula Ferrari Aguiar pode ter sido usada pelo deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) para movimentar dinheiro desviado da Assembleia Legislativa. Ouvida, na tarde desta segunda-feira (23), como testemunha no processo da “Operação Ventríloquo”, que investiga desvio de R$ 9,6 milhões dos cofres públicos, Ana Paula confessou, em depoimento, que Fabris usou sua conta pessoal para movimentar até R$ 300 mil entre os anos de 2010 e 2012. 

Ele e a mulher estavam com as contas bancárias bloqueadas devido a um processo trabalhista por isso usaram a minha”, informou a testemunha.

A ex-funcionária, cunhada da filha do deputado, era responsável por pagar contas pessoais de Fabris, que variavam entre R$ 30 e R$ 95 mil mensais. Ao ser questionada pelos promotores do MPE sobre os altos valores, ela disse que “o próprio Gilmar perguntou o número da minha conta. Eu não sei quem depositou, eu não sei quem é essa pessoa. Depositavam o dinheiro para pagar as contas dele todo mês. Ele e a mulher estavam com as contas bancárias bloqueadas devido a um processo trabalhista por isso usaram minha”, informou.

Perguntada se não havia desconfiado como o parlamentar depositava um valor bem acima do que ganha como deputado (À época a remuneração de um deputado estava R$ 25 mil) Ana Paula respondeu: “Ele não é só deputado. Ele é pecuarista também”.

Para os promotores Marco Aurélio e  Marcos Maciel Munhoz o fato chama atenção do MPE, que continuará investigando e não descartam novas operações que podem chegar a outros parlamentares como é o caso do deputado Romoaldo Júnior (PMDB).

“Lembrando sempre que o dinheiro é público, ou seja, quero dizer que, doa a quem doer, esse é o papel do Gaeco. Vamos avançar nesta segunda frente para descobrir quem são os beneficiários desse esquema corrupto porque está muito claro, em que pese segundo a denúncia, encabeçada por José Geraldo Riva, os valores não ficavam somente a ele”, relataram  os promotores.

"Está muito claro em que pese segundo a denúncia, encabeçada por José Geraldo Riva, os valores não ficavam somente a ele”, informaram em concordância os promotores.

Os trabalhos de investigação continuam em andamento. “Existem as fases desta ação que limita ou se decide que se investigue até aqui, mas outros fatos virão à tona outras pessoas serão incluídas. O Ministério Público busca apenas apurar exatamente para onde foi esse dinheiro e quem foram às pessoas que tem se beneficiado. A quebra de sigilo e prova testemunhal nos dirá isso, sendo que será publicizada no momento oportuno”, conclui Marco Aurélio.

OUTRO LADO

O parlamentar negou que tenha usado a funcionária como "laranja", mas confirmou o que disse a testemunha. "Usei a conta dela, uso a conta dela. Pagava minhas contas, pagava meu cartão de crédito, pagava tudo; ela é como minha filha; não tem nada de laranja aí", disse ao .

Já o advogado que faz a defesa do deputado, Zaid Arbid não atendeu e nem retornou nossas ligações.

 

DEPUTADOS INVESTIGADOS

 

É importante lembrar que os deputados Gilmar Fabris e Romoaldo Júnior já estão sendo investigados na “Operação Ventríloquo”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate o Crime Organizado (Gaeco). A decisão publicada no dia 9 de julho foi tomada pela a juíza Selma Rosane Arruda, da 7° Vara Criminal de Cuiabá, depois que testemunhas citaram o nome dos parlamentares durante audiência.

Como se trata de políticos, com foro privilegiado, a magistrada determinou o envio do processo para o âmbito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) que dará continuidade aos inquéritos.

À época, as testemunhas disseram que tanto Romoaldo como Fabris sabiam e também receberiam uma porcentagem do valor desviado. “As testemunhas citam os parlamentares como destinatários de parte do dinheiro que teria sido desviado por José Riva, com o apoio do ex-secretário geral da ALMT, Luiz Márcio Bastos Pommot, Júlio César Rodrigues e Joaquim Fábio Mielli de Camargo”, define parte da determinação.

As interceptações telefônicas referentes à delação premiada entre o advogado Joaqui Mielli e o Ministério Público Estadual (MPE) também foram encaminhadas ao TJ-MT. Segundo a juíza não será possível desmembrar o processo para que cada investigado responda em uma instância. “Diante disso, declino da competência imediata remessa dos autos para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso”, argumentou.

OPERAÇÃO

Operação Ventríloquo proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) tem o objetivo de desmantelar uma organização criminosa na Assembleia Legislativa que supostamente desviou R$ 10 milhões do erário público por meio de um banco privado.

 

A juíza Selma Roseane Arruda determinou a prisão do ex-deputado José Riva (PSD), do ex-secretário-geral da ALMT, Márcio Bastos Pommot, do advogado Júlio César Domingues Rodrigues e também proferiu pela condução coercitiva de 14 pessoas, para prestar depoimento sobre um suposto esquema praticado na Assembleia Legislativa, entre os anos de 2013 e 2014, no inicio de julho. A Justiça só descobriu o esquema após fechar um acordo de delação premiada com advogado Joaquim Fábio Mielli de Camargo.

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ENELINDA 24/11/2015

Esse deputado é maluco.. rsrsrs pior é que ele fala e admite tudo.. pelo menos é sincero rsrsrsrsrsrs .. eitaaaaaaaaaaa

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JUCIO 24/11/2015

É BEM MATO GROSSO.. ESSAS CARAS APRONTAM APRONTAM E NADA ACONTECE

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Marcela 24/11/2015

Gostaria de ver os comentários dos fãs do SR GILMAR FABRIS elogiando o brilhante trabalho deste homem íntegro e honesto kkkkkkkkkkkkkkk

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3 comentários