DA REDAÇÃO
O candidato à prefeitura de Cuiabá pela coligação “Um Novo Prefeito para Uma Nova Cuiabá”, Emanuel Pinheiro (PMDB), está recebendo o apoio do empresário Frederico Müller Coutinho, um dos donos do Grupo FMC e delator da fraude investigada na Operação Sodoma, que culminou na prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), há um ano.
Nesta eleição, Frederico já organizou pelo menos uma reunião com funcionários de suas empresas para pedir votos para Emanuel Pinheiro.
Em suas redes sociais, o empresário aparece em uma reunião em prol de Emanuel, divulga uma foto ao lado dele e exalta a "estrutura partidária" por trás do candidato do PMDB, apesar de seu envolvimento no esquema criminoso que era liderado por Silval, mesmo partido de Emanuel.
O CASO
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Frederico Müller e seu primo, então sócio Filinto, trocaram cheques emitidos por pelo menos um empresário envolvido no esquema de pagamento de propina em troca de incentivo fiscal no Governo Silval. Em troca, recebiam 3% dos valores repassados à quadrilha. Pelo menos R$ 500 mil foram lavados no esquema através da empresa dos dois, diz o MPE.
Em depoimento à juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Frederico afirma que trocou seis cheques assinados pelo também delator João Batista Rosa, no valor de R$ 83,3 mil cada um, e entregou o dinheiro – quase R$ 500 mil - ao ex-procurador do Estado Francisco Andrade de Lima Filho, o "Chico Lima".
O grupo criminoso, conforme o MPE, tinha como chefe o ex-governador Sival, que chegou a receber mais de R$ 10 milhões em propinas entre 2011 e 2014.
Todo o esquema foi desmantelado na Operação Sodoma, que já teve três fases e levou para a cadeia o ex-governador Silval Barbosa, que é do mesmo partido de Emanuel Pinheiro, e os ex-secretários Pedro Nadaf (Casa Civil), Marcel de Cursi (Fazenda) e César Zílio (Administração).
Também foram presos o filho do ex-governador Silval Barbosa, o médico Rodrigo Barbosa, o ex-chefe de Gabinete de Silval, Sílvio Cézar Corrêa Araújo e o coronel da Polícia Militar José Nunes Cordeiro (ex-adjunto de Administração).
thiago 23/09/2016
Deveria ser matéria de CAPA. PSOL e PSDB deveriam cobrar este jornal.
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