KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
O ex-comendador e bicheiro João Arcanjo Ribeiro, preso desde 2003, chega em Cuiabá nesta quinta-feira (10), para novamente ser julgado, desta vez como mandante de dois assassinatos e uma tentativa.
Nesta quinta-feira, 13 anos depois, ele será interrogado, em júri popular, sobre a morte dos empresários Fauze Rachid Jaudy Filho e Rivelino Jacques Brunini, além da tentativa de homicídio contra o pintor Gisleno Fernandes, em 2002.
Este foi apenas um de uma série de crimes cometidos em 2002, supostamente a mando de Arcanjo, o que teria evidenciado o poder de fogo do ex-comendador, levando a Polícia a investigar a quadrilha, cercar e a prender Arcanjo em 2003.
Nesta quinta-feira, 13 anos depois, ele será interrogado pela juíza 1ª Vara Criminal da capital, Mônica Catarina Perri, em júri popular, sobre a morte dos empresários Fauze Rachid Jaudy Filho e Rivelino Jacques Brunini, além da tentativa de homicídio contra o pintor Gisleno Fernandes, em 2002.
Na tarde de 6 de junho, conforme acusação da promotoria criminal, o alvo de Arcanjo era o empresário Brunini, que estava entrando o mercado ilegal dos jogos de azar, invadindo área de domínio do bicheiro. Os outros dois - Rachid e o pintor Gisleno - foram atingidos porque estavam junto com ele, em uma oficina mecânica na Avenida do CPA, por volta das 15h. Os disparos foram feitos próximo à Clínica Femina, em local onde havia grande circulação de pessoas, em plena luz do dia.
O pistoleiro Hércules de Araújo Agostinho, que, segundo ele, prestava serviços por encomenda ao ex-comendador, já está condenado por estes crimes.
Arcanjo seria julgado no dia 30 de julho deste ano, mas por causa da mudança de advogados no processo, o julgamento dele foi adiado para o próximo dia 10. A magistrada manteve o júri do pistoleiro Célio Alves de Souza e do uruguaio Júlio Bachs Mayada, braço direito de Arcanjo, condenados a 46 anos, 10 meses e 41 anos respectivamente.
Arcanjo cumpre pena em um presídio federal de Porto Velho (RO). A Justiça negou o pedido da defesa dele para que fosse transferido para um presídio da Grande Cuiabá, dois dias antes do júri popular, para conversar com advogados.
A magistrada Mônica Perri rebateu o dizendo que a vinda do réu para capital, poderia atrapalhar o plano de segurança já traçado. Além disso, a juíza destacou que a defesa já ‘entrevistou’ o acusado por três vezes.