RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
O desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou o pedido de liberdade de Deise Ribeiro de Oliveira, 22 anos, apontada como autora dos disparos que vitimou seu companheiro e policial militar Moshe Dayan Simão Kavesk.
O crime aconteceu no último dia 4 de dezembro, no distrito União do Norte, em Peixoto de Azevedo (691 km ao Norte de Cuiabá).
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A defesa da acusada entrou com dois recursos de soltura, um no TJ e o segundo na própria comarca de Peixoto de Azevedo, porém ambos foram negados.
No caso do TJ, o habeas corpus foi negado devido à tramitação irregular do pedido. “Ante o exposto, e por não visualizar manifesta ilegalidade no decreto constritivo, indefiro a liminar vindicada, devendo a irresignação defensiva ser objeto de deliberação após a tramitação regular do habeas corpus”, discorre o desembargador Pedro Sakamoto, na decisão proferida no dia 14 de dezembro.
Já em Peixoto de Azevedo, a juíza Suelen Barizon também negou o pedido de liberdade no dia 18 de dezembro. Segundo a magistrada, a gravidade do delito é motivo suficiente para manter a mulher presa.
“Verifico que o decreto prisional preventivo está devidamente fundamentado e por este motivo merece ser mantido. E embora a defesa tenha mencionado que a indiciada é primária, tem residência fixa e trabalho lícito, é cediço que tais predicados pessoais favoráveis, por si só, não servem para desconstituir o édito prisional, sendo necessário que fique devidamente demonstrado que os requisitos da prisão preventiva não mais subsistem, conforme previsão do artigo 316 do Código de Processo Penal, o que não é a hipótese dos autos”, afirma a magistrada, na decisão.
A acusada, permanece detida por força de prisão em flagrante, que foi convertida em preventiva. “Diante do exposto, INDEFIRO o pedido de revogação da prisão preventiva de Deise Ribeiro de Oliveira, mantendo a decisão que decretou a sua segregação cautelar, pelas razões e motivos nela expostos”, decidiu Barizon.
O caso
O assassinato aconteceu por volta das 20h dia 4 de dezembro, quando o militar estava chegando em casa com a esposa, em uma motocicleta.
Depoimento de uma testemunha é 'peça chave' nas investigações que estão em andamento.
A testemunha disse que naquela noite o militar havia agredido a mulher com um soco na barriga. A testemunha ainda relatou um suposto caso amoroso entre os suspeitos.
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