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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

23 de Novembro de 2016, 15h:10 - A | A

POLÍTICA / "EU NÃO SERIA LADRÃO BURRO"

Fabris nega ter desviado R$ 9 milhões da Assembleia e ironiza Ministério Público

O deputado Gilmar Fabris (PSD), assim como os deputados Romoaldo Júnior (PMDB) e Mauro Savi (PSB), foi denunciado pelo Ministério Público por participar de esquema que teria lesado os cofres da Assembleia Legislativa em R$ 9 milhões.

FRANCISCO BORGES
DA REPORTAGEM



Denunciado pelo Ministério Público Estadual pelo crime de lavagem de capitais, o deputado Gilmar Fabris (PSD) negou à imprensa, na tarde desta quarta-feira (23), qualquer participação no suposto esquema criminoso que teria lesado os cofres da Assembleia Legislativa em R$ 9.480 milhões, entre os anos de 2013 e 2014. Ele ironizou que não seria um “ladrão burro”, ao ponto de ficar com “apenas” R$ 95 mil, sendo que a suposta fraude seria milionária.

"O Romoaldo já foi lá e disse que ele que mandou depositar o dinheiro que era para pagar o gabinete que eu tinha feito aqui”, disse Fabris sobre o cheque de R$ 93 mil, depositado na conta de sua então assessora parlamentar.

O MPE aponta que Fabris teria sido beneficiário com o montante citado, "restando incontroversa a origem espúria dos recursos", e ressalta que ele teria “lavado” o montante por meio de sua ex-assessora Ana Paula Ferrari Aguiar, também denunciada.

À imprensa, o deputado alegou que o dinheiro depositado na conta de sua assessora pode ter sido uma forma do então presidente da Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Júnior, ter ressarcido a ele os valores gastos para montar seu gabinete.

“Rapaz, eu vou falar para você: depositaram um cheque de R$ 93 mil desse tal de Joaquim [Joaquim Fábio Mielli Camargo] na conta da Ana Paula. Já é do conhecimento de vocês que era minha funcionária. O Romoaldo já foi lá e disse que ele que mandou depositar o dinheiro, que era para pagar o gabinete que eu tinha feito aqui”, disse Fabris, que alegou não conhecer o remetente do cheque em questão.

A denúncia, relacionada às investigações da 'Operação Ventríloquo', complica também como denunciados os deputados Romoaldo Júnior (PMDB) e Mauro Savi (PSB). Além deles, outras nove pessoas foram denunciadas. 

Fabris destacou que ele, assim como os demais deputados e as outras nove pessoas denunciadas, já prestou esclarecimentos necessários ao Ministério Público.

O deputado afirmou que ainda não foi comunicado oficialmente sobre a denúncia.

A assessoria de imprensa de Mauro Savi informou que o parlamentar só irá se manifestar após ser notificado oficialmente pelo Ministério Público.

A reportagem tentou contato com Romoaldo Júnior, que está licenciado, mas não obteve sucesso.

O CASO

De acordo com o MPE, Romoaldo Junior e Mauro Savi, em parceria com José Geraldo Riva e os demais acusados - Francisvaldo Mendes Pacheco, Júlio César Domingues Rodrigues, Anderson Flávio de Godói , Luiz Márcio Bastos Pommot e Joaquim Fábio Mielli Camargo -, com a colaboração de outras pessoas, ainda não identificadas, "constituíram organização criminosa estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com objetivo de saquear os cofres públicos, notadamente os recursos públicos da Assembleia Legislativa,apropriando-se ilicitamente de seus recursos".

Segundo a denúncoa, a organização criminosa - inclusive, com clara divisão de papéis, no período compreendido entre fevereiro e abril de 2014 - "subtraiu dos cofres da Assembleia Legislativa cerca de R$ 9.480.547,69 (nove milhões, quatrocentos e oitenta mil e quinhentos e quarenta e sete reais e sessenta e nove centavos), em proveito próprio e alheio (peculato-furto), valendo-se da facilidade que proporcionava a condição de servidores públicos e agentes políticos de alguns de seus membros". 

Segundo o Ministério Público, no mesmo período, os acusados, "em continuidade delitiva, ocultaram e dissimularam a natureza e a origem dos valores provenientes de infração penal (lavagem de capitais), contando com o auxílio dos empresários e assessores parlamentares: José Antonio Lopes, Ana Paula Ferrari Aguiar, Claudinei Teixeira Diniz, Marcelo Henrique Cini, Cleber Antônio Cini, Valdir Daroit, Leila Clementina Sinigaglia Daroit, Odenil Rodrigues de Almeida e Edilson Guermandi de Queiroz, todos denunciados nesta ação". 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em relação à denúncia do Ministério Público do Estado de Mato Grosso - por intermédio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) – sobre a participação do deputado estadual Gilmar Fabris em um suposto esquema de desvio de recursos na Assembleia Legislativa, o parlamentar esclarece que: 

- Jamais participou de qualquer transação relacionada a pagamentos ou desvios de recursos da Assembleia Legislativa, em especial no caso citado pelo Ministério Público, que envolveriam recursos no valor de R$ 9,4 milhões. Tampouco conhece os advogados envolvidos no suposto pagamento.

- No ano de 2014, data dos fatos constantes na denúncia do Ministério Público Estadual, não exercia o mandato de deputado estadual, estando na ocasião apenas na condição de suplente. 

- Em seu depoimento ao Ministério Público, Gilmar Fabris esclareceu que, o cheque no valor de R$ 95 mil era relativo a ressarcimento feito pela Assembleia Legislativa pelo fato de ter mobiliado o seu gabinete com recursos próprios.

- Vale salientar que esse fato já foi narrado às autoridades e é de total interesse do deputado Gilmar Fabris que os fatos sejam esclarecidos, confiando plenamente na Justiça.

 

 

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Armindo de Figueiredo Filho Figueiredo 28/11/2016

EU NÃO SERIA LADRÃO BURRO"Não esqueça "NOBRE DEPUTADO" que existe "LADRÃO INTELIGENTE". ORA BOLAS!!!!!

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Maria José 23/11/2016

É sempre assim né deputado vcs nunca tem culpa de nada, nunca sabe de nada, a justiça sempre está errada na avaliação dos senhores política, os senhores são pagos para servir o povo de MT e não ficar se beneficiando do dinheiro público..... mais 2018 está chegando e sinceramente espero que o povo saiba dar a resposta a TDs vcs.... senhores!!!

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2 comentários

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