MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
O secretário de Obras Públicas de Cuiabá, Marcelo Oliveira, pontuou em entrevista ao programa Conexão Poder, do último domingo (21), que a determinação de não permitir nenhum avanço da obra do VLT sobre as ruas da capital partiu do prefeito Mauro Mendes (PSB), que exige que o consórcio da obra apresente um projeto executivo de drenagem de águas pluviais nos pontos em que o modal irá passar.
Segundo o secretário, o objetivo é evitar que o trecho tenha problemas de alagamento, como vem ocorrendo no viaduto da UFMT, onde no dia 12 os carros que transitavam ficaram praticamente debaixo d’água.
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"É que aconteceu aquilo que eu vinha falando há dois anos".
Durante a entrevista, o secretário frisou várias vezes que já havia previsto esse problema há anos, mas nem o consórcio do VLT, nem a Secretaria da Copa (Secopa) tomaram as providências cabíveis.
“Não é questão de poder barrar, é que aconteceu aquilo que eu vinha falando há dois anos. Initerruptamente, eu vinha falando: eu quero o projeto de drenagem”, relatou.
Marcelo Oliveira ainda criticou a falta de responsabilidade em deixar prejudicada uma obra bilionária.
“Você vai gastar um R$ 1.5 bilhão e não vai resolver um problema que você pode resolver com menos de 1%? É inadmissível vocês com o modal mais moderno, o primeiro da América Latina, e você ter que parar o modal por causa da água. E eu estava com a razão, porque se o modal estivesse pronto e entregue, ele teria parado naquele dia que deu aquela chuva aqui em Cuiabá”, criticou.
No programa, o secretário aproveitou para mostrar as notificações encaminhadas à Secopa pela falta do projeto e lembra que alertou o governador Silval Barbosa (PMDB) para o problema do alagamento, que conforme suas análises devem continuar ocorrendo.
"E eu estava com a razão, porque se o modal estivesse pronto e entregue, ele teria parado naquele dia que deu aquela chuva aqui em Cuiabá”.
“Foram quatro ou mais notificações, mais atas de reunião, mais respostas e eles sempre ‘levando com a barriga’. Eu disse vai dar problema. Nós estamos entrando num período de chuvas. Nós vamos ter mais cinco ou seis chuvas iguais a essa e vamos ter problemas naquela região. Não adianta a pessoa vir e dizer: ah porque não limparam a boca de lobo? Aquele não é problema de limpeza de boca de lobo”, disparou.
Quanto à resolução do impasse sobre a falta do projeto de drenagem de águas pluviais, o secretário afirma que assim que tiver assumido o secretariado do próximo governo, irá procurar quem ficar responsável pela continuidade das obras da Copa, para cobrar a execução do mesmo.