CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
O curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Mato Grosso (campus Cuiabá) faz parte de uma lista, divulgada nesta quarta-feira (23), que aponta 68 cursos de graduação, que tiveram nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC). Os números são considerados insatisfatórios na pontuação que vai de 1 a 5. A avaliação é feita pelo Ministério da Educação (MEC).
Esta é a primeira vez que a Engenharia Florestal da UFMT Cuiabá não alcança conceito satisfatório no ciclo avaliativo trienal do Enade.
No Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2014, o curso havia ficado com a nota 2. Por isso, não poderá aumentar o número de vagas e terá que firmar um Protocolo de Compromisso com o MEC para estabelecer metas de melhorias. De acordo com o pró-reitor de Ensino de Graduação em exercício da UFMT, Florisvaldo Fernandes dos Santos, esse plano deverá contemplar ações inovadoras junto à gestão acadêmica e pedagógica oferecida aos alunos.
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Fernandes ressalta que “somente após a conclusão do Plano de Melhorias o curso recebe visita in loco de comissão de avaliadores do INEP para averiguar suas condições de ensino. O relatório dessa avaliação indicará a renovação de reconhecimento do curso”. O INEP é o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pela avaliação.
“Dos 87 estudantes inscritos no exame, apenas 55 compareceram para realizar o Enade. Essa baixa participação refletiu diretamente no resultado final do curso”, afirma o pró-reitor.
Esta é a primeira vez que a Engenharia Florestal da UFMT Cuiabá não alcança conceito satisfatório no ciclo avaliativo trienal do Enade. “Dos 87 estudantes inscritos no exame, apenas 55 compareceram para realizar o Enade. Essa baixa participação refletiu diretamente no resultado final do curso”, afirma o pró-reitor. O Enade é um dos elementos que compõem o CPC de cada curso.
Para o estudante Ricardo Menezes, o curso tem “ótimos doutores, porém, sobrecarregados com cargos administrativos e pós-graduação”. Para ele, existe uma divisão entre os mais antigos, que estão acomodados e os novos docentes, que querem inovar, mas se veem limitados por burocracias. Ricardo afirma que os laboratórios que utiliza são muito antigos, e que as aulas de campo e o contato com o mercado são insuficientes. “Por ser um curso relacionado à indústria de madeiras, deveríamos ter aulas nessas indústrias, porém, elas se encontram longe de Cuiabá e não temos ônibus liberados devido a distância, pois a universidade não quer pagar diárias dos motoristas”, conta.
Mesmo com o reconhecimento do curso em risco de não ser renovado, os estudantes que passarem no SISU 2016, que abre inscrição em janeiro, não terão problemas em ingressar na faculdade.
Mesmo com o reconhecimento do curso em risco de não ser renovado, os estudantes que passarem no SISU 2016, que abre inscrição em janeiro, não terão problemas em ingressar na faculdade. O curso recebe 40 novos alunos todo semestre.
Apesar do mau desempenho deste curso, que foi o único a apresentar resultados insatisfatórios, a UFMT vem mantendo, desde 2010, o conceito 4 no Índice Geral de Cursos (IGC), que tem uma escala de 1 a 5. O IGC é composto por conceitos de indicadores de qualidade dos cursos de Graduação e Pós-Graduação.
Com isso, a universidade mantém o posto de melhor instituição de ensino superior do estado. Logo atrás, aparecem a Universidade de Cuiabá (Unic), Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), que receberam nota 3 na avaliação.