FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, classificou, nessa semana, os radares de velocidade em Cuiabá e Várzea Grande como uma “fábrica de multas”.
Sérgio, que anunciou no começo da semana uma auditoria completa nos sistemas de radares eletrônicos instalados em Cuiabá e Várzea Grande, comparou com uma “terra sem lei”, o método usado pelas empresas responsáveis pelos radares para multar os motoristas.
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“O que vejo é que a grande parte, senão a totalidade das multas aplicadas, foram aplicadas de forma ilegal, porque provavelmente os radares não estavam aferidos pelo Inmetro [...] Mas aqui parece terra sem lei, na questão dos radares”, disse o presidente do TCE.
Sérgio Ricardo também criticou a “multiplicação de multas”, que seria a repetição de penalidades para os mesmos veículos. O conselheiro ressaltou casos de motoristas que foram multados em locais onde eles não estavam.
“O sistema é tão inteligente que ele conhece todas as placas. Tem multas aplicadas em veículos em Cuiabá e o veículo nem estava na cidade. Eles pegam um motorista que foi multado na Avenida Fernando Corrêa, por exemplo, e a bel prazer, em determinado momento, eles lançam mais uma multa, mais uma e mais uma”, pontuou.
“Isso já aconteceu no passado e está acontecendo de novo. É uma indústria de multas, é uma fábrica de multas”, completou.
Retirada de radares
Na terça-feira (13), o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que irá retirar boa parte dos radares de velocidade na Avenida Tenente Coronel Duarte.
Conforme o prefeito, a maioria dos radares na Prainha só gera mais congestionamento no trânsito. Abilio destaca ainda que o contrato com a empresa responsável por operar os radares na Capital já está quase no fim e assim que encerrado a Prefeitura fará uma nova licitação.
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