JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
Com o aumento no preço dos alimentos, por conta da inflação nas alturas, os restaurantes tentam driblar os problemas para não repassar o valor final aos consumidores e espantar a clientela.
De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MT), Lorena Bezerra, uma das soluções é adaptar o cardápio.
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“Hoje, com a engenharia de cardápio, o restaurante consegue driblar a inflação. Ser criativo é uma das características fortes do empresário. A gente fez isso na pandemia, e continuamos fazendo isso agora”, explica.
“Às vezes você consegue comprar um produto num volume por preço mais baixo e consegue fazer vários preços originados desse produto. É uma das saídas”, continua.
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Para a presidente da associação, outra solução é ver o ‘produto da estação’.
“Por exemplo, agora não é época de queijo derivados do leite. Porque não chove, não tem pasto, tem que gastar com ração. Então tudo que é derivado, não só do leite, mas como carnes também, fica mais caro”.
“Tem coisas que não têm como você tirar do cardápio, como a carne, mas tem jeito de readaptar nos outros alimentos”, acrescenta.
Ainda segundo Lorena, que também é dona de um restaurante na Capital, ela teve que fazer um reajuste de cerca de 5% a 10% no preço dos pratos. “Não repassamos tudo para os clientes. Era inevitável, mas o aumento foi de só 2 reais”.
Mesmo com o aumento, Lorena diz que por enquanto o mercado está aquecido.
“Não mudou o movimento. Está legal. Os consumidores têm vindo, desde executivos de negócio até a família durante dias da semana, mercado está aquecido, a gente está contratando”, afirma a presidente da associação.