JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT
Os professores que acompanharam a excursão de alunos da Escola Estadual Professor Welcio Mesquita de Oliveira, para Chapada dos Guimarães, realizaram acordo com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e se livraram do julgamento pela morte do adolescente Daniel Hiarle Arruda de Oliveira, 14 anos.
Três dos quatro professores que foram denunciados pelo MP realizaram acordo de não persecução penal, ou seja, confessaram o delito e se comprometeram a uma reparação pelo dano causado. Em troca, o Ministério Público não inicia a ação penal e a pessoa segue sem antecedentes criminais.
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No acordo, conforme a advogada criminalista Nanda Luz Quadros, que representa os pais do adolescente, os professores terão que cumprir medidas como prestar serviços comunitários, pagamento cestas básicas à alguma comunidade ou instituição cadastrada no MP ou Justiça, não ausentar da comarca de residência sem autorização do Juízo, entre outros.
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A jurista lamentou o acordo, que não trouxe justiça à família. “O acordo não trará o sentimento de justiça aos pais que choram até hoje pela morte precoce de Daniel”, lamenta.
"Foi totalmente injusto o acordo", salienta.
O quarto professor se recusou a assumir qualquer tipo de responsabilidade no acidente e, no seu caso, a ação penal segue normalmente.
O caso
Era por volta das 18h quando o Corpo de Bombeiros foi acionado sobre o desaparecimento do adolescente no parque. Os profissionais da educação deram pela falta do estudante já na hora de ir embora.
De acordo com os bombeiros, foram cinco horas de buscas. O corpo de Daniel foi achado submerso a três metros de profundidade.