DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO
A excursão escolar em que ocorreu com a morte do estudante Daniel Hiarle Arruda de Oliveira, de 14 anos, na tarde de segunda-feira (06), no Parque Véu de Noiva, em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá), aconteceu sem a presença de um guia na região de cachoeiras.
Daniel, que era do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Welson Mesquita de Oliveira, foi encontrado morto na Cachoeira da Prainha. Cerca de 60 estudantes estavam no passeio ecológico, na companhia de cinco professores e um inspetor.
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Para a empresária e integrante do Conselho Municipal de Turismo de Chapada Dos Guimarães (COMTUR/MT), Gisele Carvalho, são enormes os riscos de passeios autoguiados no parque.
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“Inadmissível um grupo escolar imenso entrar nas trilhas só com professores. Existem vários perigos na natureza, além da própria água. Com as chuvas tem o risco das trombas d'água, que é perigosíssimo em cachoeiras, a profundidade dessa cachoeira onde o menino foi encontrado é de 3 metros, não é lugar para criança. Com o guia já é arriscado, imagina sem”, declarou.
"Agora que a criança já morreu não tem muito o que fazer. Agora é apurar os responsáveis e que a Justiça seja feita", completou.
No dia 23 de novembro passou a valer uma portaria do Ministério do Meio Ambiente liberando ‘trilhas auto guiadas’, no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
Até então, a atividade era proibida por conta do acidente que aconteceu em 2018, após a morte de Saira Tamires Dutra dos Reis, de 17 anos, e outros cinco ficarem feridos após parte da encosta cachoeira Véu de Noiva desabar.
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Por meio de nota, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que todas as trilhas da unidade contam com estruturação adequada, com sinalização no local e indicações de acesso. Além disso, cada visitante recebe orientações e assina um termo de risco logo na entrada.
O parque foi fechado para visitantes após a morte do menino.
O governador Mauro Mendes determinou um plano de contingenciamento para evitar que outros acidentes aconteçam em passeios escolares.
O caso
Era por volta das 18h quando o Corpo de Bombeiros foi acionado sobre o desaparecimento do adolescente no parque. Os profissionais da educação deram pela falta do estudante já na hora de ir embora.
De acordo com os bombeiros, foram cinco horas de buscas. O corpo de Daniel foi achado submerso a três metros de profundidade.
Íntegra da nota do ICMBio
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informa que a visitação autoguiada é permitida em algumas trilhas do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Todas as trilhas da unidade contam com estruturação adequada, com sinalização no local e indicações de acesso. Além disso, cada visitante recebe orientações e assina um termo de risco logo na entrada.
Cabe ressaltar que as trilhas das unidades de conservação federais podem ser realizadas com ou sem o serviço de guia, também conforme o grau de dificuldade.
Quanto aos questionamentos sobre o acidente registrado no parque em 2008, o fato se deu na cachoeira Véu de Noiva, aberta apenas para contemplação desde então. Nessa segunda-feira, 6, o ocorrido com o estudante foi na cachoeira da Prainha, no circuito das cachoeiras.
Todos os fatos foram comunicados imediatamente às autoridades competentes, pelo ICMBio, e, nesta terça-feira (7), as cachoeiras do parque seguem fechadas para as devidas investigações.
O Instituto e toda a equipe do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães lamentam a morte do estudante Daniel. O Instituto segue à disposição da família e dos amigos para prestar todos os esclarecimentos necessários.
