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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
06 de Maio de 2024

12 de Julho de 2018, 11h:05 - A | A

GERAL / ESTADO É GRAVE

Mulher teve hemorragia após 'cirurgia barata' para remover excesso de barriga

O Plastica para Todos já é acusado de causar a morte de uma mulher em Cuiabá e, agora, outras duas estão em estado grave após procedimento duvidoso

RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO



Foram identificadas como M.J.O.U. e N.R.D.C. as pacientes internadas em unidades de terapia intensiva (UTIs) nos hospitais São Mateus e Santa Casa de Misericórdia em Cuiabá, após complicações referentes a cirurgias pelo programa Plástica para Todos, realizadas no Hospital Militar.

M.J.O.U. internada no Hospital São Matheus, foi submetida à cirurgia de abdominoplastia, no dia 07 de julho. Conforme a presidência do programa Plástica para Todos, ela sofreu sangramento de vasos e procurou o pronto-atendimento da unidade médica. O programa considera o problema como uma condição esperada para o tipo de cirurgia realizada.

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Já N.R.D.C. passou por cirurgias de mastopexia com prótese, lipoescultura e abdominoplastia no dia 26 de junho. O Plástica para Todos não revelou quais as complicações sofridas por ela e informou apenas que foi uma intercorrência inerente a qualquer tipo de cirurgia, alegando que a paciente foi encaminhada e acompanhada pela equipe médica do programa e do Hospital Militar para melhor acompanhamento no Hospital Santa Casa. Ao , a direção da unidade hospitalar alega que não pode dar detalhes do caso e afirma que ela continua internada no local.

As internações das pacientes em UTIs vieram à tona a partir de denúncia feita pela Sociedade Mato-grossense de Anestesia (Soma) ao Ministério Púbico Estadual (MPE). A situação também é acompanhada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).

De acordo com a Soma, as pacientes foram internadas – ambas em estado grave.

O Ministério Público deve abrir um inquérito para investigar a empresa responsável pelo programa.

A Soma ressaltou que a empresa atua de maneira ilegal, agindo como uma espécie de intermediadora na captação de clientes por meio de anúncio na redes sociais.   

A entidade detalha que depois que o serviço é vendido, a empresa contrata um médico de modo aleatório para fazer as cirurgias plásticas.

Outro lado

Por meio de nota, a presidência do programa Plástica para Todos alega que a Sociedade Matogrossense de Anestesiologia tenta deturpar os casos e age por interesse financeiro de mercado, já que o programa contratou uma equipe local de anestesistas.

Morte após cirurgia

Os casos chamam a atenção devido à morte da esteticista Daniele Bueno, em maio, que sofreu complicações após cirurgias pelo Plástica para Todos.

Ela foi internada em estado grave no Hospital Sotrauma, de Cuiabá, após fazer cirurgias de lipoescultura e mamoplastia no Hospital Militar, em Cuiabá, pelo programa Plástica Para Todos.

Daniele estava sofrendo uma hemorragia quando foi internada no Sotrauma. Em seguida, ela teve uma parada cardíaca e morreu.

No mês passado, a delegada Alana Cardoso - da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHHP) – afirmou que o laudo do Instituto de Médico Legal (IML) apontou conduta criminosa na morte de Daniele Bueno.

Com base nas informações do documento, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a morte da esteticista.   

Daniele pagou cerca de R$ 7 mil para realizar os dois procedimentos pelo programa Plástica para Todos.

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Confira a nota do Plástica para Todos

Sobre a nota divulgada pela SOMA - Sociedade Matogrossense de Anestesiologia, trata-se de uma infeliz tentativa de associação dos casos entre si, pois a exemplo do que tentou fazer a SBCP, mascara a Sociedade, seu real interesse na reserva de mercado. Atualmente o Programa Plástica Para Todos logrou êxito em contratar uma equipe de anestesistas local, o que não era da vontade da Sociedade, razão pela qual em evidente ato de represália, busca fazer uma associação dos casos para prejudicar os médicos, a empresa, o hospital, gerando por fim um indevido temor na população.

Esclarecemos que a paciente NRDC, realizou cirurgia plástica, tendo intercorrência inerente a qualquer tipo de cirurgia, sendo encaminhada e acompanhada pela equipe médica do Programa e do Hospital Militar para melhor acompanhamento no Hospital Santa Casa, de onde já evoluiu para alta domiciliar.

Sobre a Paciente MJOU, a mesma teve sangramento de vasos, o que é uma condição esperada para o tipo de cirurgia realizada, foi pessoalmente ao Pronto Atendimento do Hospital São Mateus, onde vem sendo acompanhada pela equipe médica daquela unidade e médicos do Programa, foi encaminhada para a UTI apenas para melhor acompanhamento e critérios de segurança, inexistindo qualquer risco de vida, e já estando com previsão de alta também.

Ainda sobre o caso da EDFL (óbito): nosso advogado Dr. Alex Cardoso informou que foi protocolado nesta data junto à DHPP um pedido complementar de quesitos ao perito do IML, eis que a hemorragia atestada como causa mortis da paciente, esta absolutamente descartada pela análise do próprio laudo e dos prontuários dos Hospitais Militar e Sotrauma, e mesmo que tivesse ocorrido não significaria dizer que houve imprudência, negligência ou imperícia médica, porém o perito não realizou exames básicos para afastar outras causas, os exames de imagens realizados no Sotrauma descartavam a hemorragia, não houve transfusão de sangue em 48hs de internação da paciente no Sotrauma e os indicadores de sangue perdido, sequer são compatíveis com a literatura e a legislação aplicável. O pedido foi encaminhado hoje à delegada responsável, a título de colaboração espontânea do Dr. Eduardo Montoro, que sequer foi intimado para prestar qualquer depoimento, já tendo se colocado à disposição da autoridade em ocasiões anteriores.

Bruno Borges Magella

Presidente Plástica Para Todos

Belo Horizonte, 12 de julho de 2018

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ana 12/07/2018

espero que recuperem a saude mas agora todos nós vamos pagar pelo tratamento ou ele será particular? na hora de fazer a cirurgia estética parcelaram em varias vezes.

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1 comentários

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