MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou a médica Letícia Bortolini, que atropelou e matou o verdureiro Francisco Lúcio Maia, 48 anos, na Avenida Miguel Sutil, no dia 14 abril. Ela foi denunciada pela prática de quatro crimes: homicídio doloso (quando não há intenção de matar), omissão de socorro, embriaguez ao volante, e por se afastar do local do acidente fugindo da responsabilidade.
A denúncia foi formulada na tarde desta terça-feira (11) pelo promotor Vinicius Gahyva Martins, da 1º Promotoria de Justiça Criminal.
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No documento, Gahyva destaca que na ocasião do acidente a médica provocou a morte do verdureiro, "deixando de prestar-lhe imediato socorro, bem como afastou-se do local do acidente para fugir da responsabilidade civil e penal".
O promotor ressaltou também que mesmo após o atropelamento, a médica conduziu o veículo - Jeep - sob a influência de bebida alcoólica.
O promotor lembrou ainda que, Bortolini e o marido, Aritony de Alencar Menezes, que também é médico, horas antes do crime estiveram em evento open bar (consumo livre de bebida alcoólica) denominado "Festival Braseiro", sendo que os dois permaneceram por lá das 14h às 19h30.
Gahyva detalhou que despois do evento, mesmo tendo ingerindo bebida alcoólica, "a denunciada Letícia Bortonlini assumiu a condução do veículo pertencente ao casal". Logo depois, ela atropelou o verdureiro na Avenida Miguel Sutil.
A denúncia será encaminhada à Justiça que irá avaliar o pedido do MPE para indiciar a médica.
O acidente
Na data do atropelamento Letícia fugiu, mas foi seguida por uma testemunha e presa logo depois, no condomínio de luxo Alphaville, no bairro Jardim Itália.
A médica chegou a ter a prisão preventiva decretada em audiência de custódia no dia 15 de abril, porém, a defesa entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça. Ela foi liberada da cadeia por decisão do desembargador Orlando Perri, no dia 16 do mesmo mês, que acatou a justificativa de que ela tem um filho de um ano e seis meses para cuidar.