DO REPÓRTERMT
A Miss Maria Vitória Rondon, de 19 anos, que venceu o concurso Miss Grand Mato Grosso 2024, no dia 26 de julho e renunciou o título três dias depois, disse que foi humilhada pela organização do evento. Ela alegou também falta de apoio dos organizadores.
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Maria Vitória anunciou a desistência em um vídeo postado em seu Instagram no último dia 29. “Percebi que a visão e valores da organização não estão alinhados com a essência do que sou e do que acredito. Desde o início percebi que a escolha dos jurados que me elegeram foi recebida com certa resistência pela coordenação estadual e nacional”, disse a Miss.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Maria, que é estudante de jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), contou como se sentiu após a vitória “eu achava que o luto era o pior sentimento que se pode sentir, mas aquele dia que percebi que o pior sentimento é a humilhação e rejeição. Eu me senti irritada, humilhada e pequena. Saí aos prantos do evento.”
Ela disse ainda que renunciou porque teria que trabalhar com pessoas que não queriam trabalhar com ela e que isso poderia causar impacto em sua confiança e autoestima.
O confinamento para o Miss Grand Mato Grosso começou no dia 25 de julho em um hotel de Cuiabá e a final aconteceu no dia seguinte, em um shopping da cidade. Após ser anunciada como campeã, Maria conta que não foi parabenizada pelos coordenadores do evento, que estavam com a representante de Brasnorte, Taiany Zimpel, segunda colocada que assumirá o título.
Com a situação, Maria Vitória foi ao encontra de sua família e amigos. “A primeira coisa que eu disse foi ‘eu não estou feliz’ e comecei a chorar”, lembra.
O maquiador da Miss, Maurício Abreu, também falou com a Folha de São Paulo e revelou que o presidente do Miss Grand Brasil, Evandro Hazzy, disse que ela não se encaixava no padrão desejado pela organização e que, apesar de ter o rosto muito bonito, não era o perfil que ele procurava.
Ainda durante o evento, ao tentar entender a situação, Maria Vitória se dirigiu aos coordenadores e foi parabenizada apenas pelo coordenador nacional. Segundo ela, o coordenador estadual, Warner Willon, saiu da mesa quando ela se aproximou.
Mais tarde no hotel, onde seguiu para buscar seus pertences, ela encontrou com Warner que disse que cada um tem sua opinião, que ela ganhou por merecimento, mas que ela não seria a sua candidata. No dia seguinte ele ligou para Maria Vitória para pedir desculpas, mas deixou claro que mantinha sua opinião.
Ao ouvir boatos que a Miss renunciaria ao título, Warner Willon ligou para confirmar o fato. “Ele queria saber como estava a situação, pois na segunda-feira já emitiria a passagem. Queria uma resposta logo”, disse Maria.
Por outro lado, a organização afirmou que recebeu com surpresa o anúncio e que o voto dos jurados foi soberano no concurso e que em nenhum momento a vencedora deixou de ser acolhida ou reconhecida como Miss.