CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
Após mais de 20 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), a menina A.L.J.S., de 4 meses, passou por mais uma cirurgia. Os médicos tentaram retirar as agulhas que estão no interior do crânio e do abdôme da criança.
No entanto, a equipe médica ainda não obteve sucesso. Até agora, já foram feitos cinco procedimentos cirúrgicos.
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Os objetos foram injetados em um ritual de magia negra, ocorrido no dia 12 de dezembro.
Na ocasião, a criança foi entregue pelos próprios pais - Wellington de Jesus Costa, 28, e C.S.S., 17 -, supostamente em troca da promessa de pagamento de R$ 500. O casal está preso.
De acordo com boletim médico divulgado pelo hospital, na segunda-feira (2), a criança encontra-se "estável hemodinamicamente, evoluindo ao tratamento, respirando sem aparelhos, se alimentando em dieta via oral e com boa aceitação".
Segundo o documento, a observação continua rigorosa, aguardando nova oportunidade para intervenção cirúrgica porque ainda existe um edema na cabeça da menina.
Conforme o divulgou, na semana passada, a menina, apesar dos corpos estranhos em seu organismo, tem reagido bem ao tratamento e já poderia ter saído da UTI para a enfermaria.
Isso teria sido possível se a avó materna estivesse com a guarda provisória, já que o pai do bebê está preso no Presídio da Mata Grande, em Rondonópolis, e a mãe, apreendida no Centro Socioeducativo de Cuiabá.
Ambos estão presos desde o dia do crime, que ocorreu na cidade de São Pedro da Cipa (180 km ao Sul de Cuiabá).
“Ela [bebê] está internada, mas está bem. Só está na UTI esperando a resposta do juiz sobre quem vai ficar com a guarda porque, saindo da unidade, ela vai ficar na enfermaria. Mas tem que ter alguém acompanhando e só pode quem tiver a guarda”, disse ao Ivete Rodrigues, conselheira tutelar que acompanha o caso.
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