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Cuiabá, 20 de Março de 2025
20 de Março de 2025

25 de Setembro de 2014, 09h:52 - A | A

GERAL / NA JUSTIÇA DE MT

Mãe consegue cirurgia para filho que foi diagnosticado com glaucoma congênito em Cuiabá

A criança foi diagnosticada com a doença no dia 02 de agosto, após a mãe perceber ‘sinais’ diferentes nos olhos do menino

ALINE FRANCISCO
DA REDAÇÃO



Diagnosticado com glaucoma congênito, há pouco mais de um mês, a mãe do pequeno Pedro Rafael da Silva Moreira, de apenas quatro meses, conseguiu na Justiça a cirurgia, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Mato Grosso, para estagnar o avanço da doença. Pedro será operado nesta quinta-feira (25), às 13h, no Hospital dos Olhos de Cuiabá. 

 

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Luzia Moraes, 30 anos, explica que a criança foi diagnosticada com a doença no dia 02 de agosto, após perceber ‘sinais’ diferentes nos olhos do menino. “Comecei a perceber que os olhos dele lacrimejavam muito, e ele coçava muito. Também percebi que o olho esquerdo dele estava com um tom azulado, parecia que estava encoberto com uma massa branca”, explica a mãe, que também sofre com a doença que atingiu a visão esquerda.

Pedro Rafael foi submetido ao teste do olhinho, oferecido pelo SUS, mas a doença não foi identificada. “O médico fez o exame normal nele e não apontou nada. Perguntei se por ter casos da doença na família à possibilidade aumentaria, ele disse que não. E agora ele está com o mesmo problema que eu”, lamenta a mãe.      

Arquivo Pessoal

bebe

Pedro Rafael foi diagnosticado com a doença com apenas três meses de vida

 

Ainda segundo a mãe, casos de glaucoma na família são comuns, seu irmão e seu pai também sofrem com a doença. “Meu irmão perdeu a visão dos dois olhos quando ainda era criança. Eu tive a doença nos primeiros meses, mas com a cirurgia consegui que a cegueira não passasse para o outro olho. Já meu pai ficou cego aos 78 anos, quando a doença afetou os dois olhos. Herdamos a doença no meu avô paterno”, explica.

Assim que o diagnostico foi positivo para a doença, Luzia buscou o serviço público de saúde para obter o tratamento adequado para o filho, mas foi informada que não havia a disponibilidade do tratamento.

Com essa informação, ela buscou a Promotoria da Infância e da Juventude e protocolou o pedido de cirurgia. “Muitas pessoas estão me ajudando, me levando e trazendo dos lugares. Amanhecemos na rua tentando resolver o problema”, diz.

Quinze dias após o primeiro diagnóstico, a mãe foi informada que a doença já havia passado para o olho direito. A cirurgia no olho de Pedro não vai recuperar a visão do olho que foi afetado, mas estagnar o avanço no olho direito. “Ele não vai recuperar, apenas manter o pouco de visão que tem”, explicou Luzia.    

Na rede privada a cirurgia custaria R$20 mil com o acompanhamento por um período de dois anos, mas a família não tem condições de arcar com o tratamento “Parei de trabalhar assim que o Pedro nasceu e meu marido é operador de máquinas, infelizmente não temos condições de pagar pela cirurgia. Por isso pedimos a intervenção da Justiça”, justifica.  

Luzia chegou a incluir na fan page do grupo Mães Solidárias um pedido de doações que pudessem auxiliar no tratamento. “Uma amiga minha anunciou o caso, incialmente venderia pizza e o dinheiro arrecadado seria destinado para o tratamento, mas assim que tiver um posicionamento vou retirar o pedido, têm muitas crianças que precisam de ajuda, e se Deus quiser não vamos precisar mais”, diz a mãe confiante. 

 

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