MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O suicídio é uma das principais causas de morte no país, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). As doenças emocionais são consideradas um tabu, e por isso tem se estimulado o debate. A campanha "Setembro Amarelo" vem para quebrar esses estigmas, por meio, de conscientização e prevenção.
Em Cuiabá, preocupados com a saúde mental da sociedade, a comunidade da Paróquia São Gonçalo, uma igreja católica, está oferecendo o Plantão Psicológico, com o intuito de realizar um atendimento emergencial.
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A intenção é acolher aqueles que procurarem, proporcionando um espaço, com psicólogas, para que as pessoas possam falar sobre os seus sofrimentos.
O projeto é coordenado pelo Padre Euller da Silva e psicóloga Malu Nascimento.
Para Malu, a saúde mental é determinante para a estabilidade física, e está relacionada à qualidade de vida do indivíduo como um todo, afetando na sua interação individual e também coletiva.
Atendimento
O plantão é totalmente gratuito, direcionado para o público em geral, com preferência a população de baixa renda.
O atendimento será feito durante todo o mês de setembro, de segunda a sexta, no período matutino, vespertino e noturno, na Igreja São Gonçalo localizada na Avenida XV de Novembro, bairro Porto. No total, sete profissionais se dividem nos horários de escala.
"Há também a oportunidade de fazer os devidos encaminhamentos aos que necessitarem de acompanhamento psicológico contínuo, e a outros profissionais como psiquiatra", explica Malu.
Tabu
O Setembro Amarelo é uma campanha que ajuda a quebrar estereótipos, tanto em relação à saúde mental, quanto ao suicídio.
De acordo com a psicóloga, os pacientes com grave quadro depressivo são tratados como fracos, sem fé, desinteressados entre outros adjetivos negativos.
Malu explica que infelizmente não temos uma cultura que prioriza ou valida à saúde mental, sendo rodeada de estigmas e preconceitos.
“As pessoas não são ensinadas a cuidar das suas emoções, pelo contrário, são ensinadas a escondê-las”, argumenta.
“A sociedade está adoecendo silenciosamente e não existem políticas públicas suficientes para dar conta de tal demanda”, continua.
Veja:
RepórterMT/Reprodução

Cronograma de atendimento.