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Cuiabá, 15 de Setembro de 2025
15 de Setembro de 2025

17 de Setembro de 2015, 16h:30 - A | A

ESPORTES / OPERAÇÃO SODOMA

Silval se entrega fica preso no Corpo de Bombeiros após dois dias foragido

Conforme apurou o #reportermt , Silval se apresentou no Fórum de Cuiabá, mas não foi ouvido pela juíza, sendo diretamente transferido para uma cela especial no 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros

DA REDAÇÃO



Após ficar dois dias na condição de foragido da Polícia e acusado de conceder bilionários incentivos fiscais em troca de propina, o ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB),  se apresentou na tarde desta quinta-feira (17) no Fórum de Cuiabá à juíza da sétima Vara Criminal, Selma Rosane de Arruda, que deferiu o pedido de sua prisão.

Em seguida, Silval foi encaminhado ao Corpo de Bombeiros do Bairro do Porto, para também se apresentar como preso. 

Conforme apurou o , Silval não foi ouvido pela juíza, sendo diretamente transferido para uma cela especial no 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, onde sua esposa ficou presa recentemente.

Conforme apurou o , Silval não foi ouvido pela juíza. Mas deve prestar depoimento ainda nesta quinta-feira (17) na Delegacia Fazendária (Defaz), que conduz a Operação Sodoma.

No Corpo de Bombeiros, ele irá para uma cela especial por exigência da defesa, já que é membro da OAB e como advogado teria o direito de ficar detido em uma 'sala de estado maior'. Como o Estado não conta com essa opção, o jeito foi acomodar o ex-governador no Corpo de Bombeiros.

Como advogado registrado na OAB, Silval teria o direito de ficar em uma 'sala de estado maior', mas como não há esta opção no Estado o jeito foi encaminhar o ex-governador para o Corpo de Bombeiros

Os advogados de Silval já haviam protocolado pedido de habeas corpus preventivo, mas o mesmo ainda não foi julgado. A defesa está aguardando o decisão do desembargador relator Alberto Ferreira de Souza, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-MT).

Um dos advogados de Silval, Valber Melo, disse ao que, ao se apresentar, o ex-governador estava "sereno". Ele não foi acompanhado de ninguém da família. Melo não quis informar onde o cliente dele estava escondido nos dois últimos dias.

No início da tarde desta terça-feira (15), dois ex-secretários de Estado do staff de Silval, Pedro Nadaf (Indústria, Comércio, Minas e Energia, que também comandou as pastas de Fazenda e Casa Civil) e Marcel Cursi (Fazenda), foram presos acusados de participarem do esquema de cobrança de propina para manter concessão de benefícios fiscais.

A Polícia Fazendária de Mato Grosso desencadeou a Operação Sodoma que apura crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção passiva.

O depoimento de um empresário do ramo de peças para tratores e caminhões, dono da Tractor Tractor Parts, que tem lojas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, além de outros empresários que teriam pagado propina é que subsidiaram a delegada Alana Cardoso a pedir as prisões, concedidas pela juíza Selma Arruda, na Sétima Vara Criminal de Cuiabá.

O empresário João Batista Rosa disse que pagou propina no valor de R$ 2 milhões e 600, em cheques, dinheiro e via transferência bancária, ao então secretário Nadaf, para não ser cortado do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), criado pela Lei nº 7.958 em 2003, com o objetivo de expandir, modernizar e diversificar as atividades econômicas de Mato Grosso, com ênfase na geração de emprego e renda e na redução das desigualdades sociais e regionais.

O depoimento do empresário foi prestado no inquérito 070/2015.

No dia 20 de agosto deste ano, a esposa do ex-governador, Roseli Barbosa, que também era secretária na gestão dele, foi presa, suspeita de liderar outro esquema, que teria desviado R$ 8 milhões dos cofres públicos, entre 2011 e 2014, período em que ficou à frente da pasta da Assistência Social. Mas conseguiu habeas corpus e responde em liberdade.

Roseli e Silval

Dia 20 de agosto, foi a vez da mulher e ex-secretária de Assistência Social ser presa, apontada em outro esquema de desvio de dinheiro público.

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