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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

22 de Novembro de 2018, 07h:00 - A | A

GERAL / 'PLÁSTICA PRA TODOS'

CRM abre sindicância para investigar morte de servidora pública

Ivone Alves de Almeida, 61 anos, morreu depois de fazer um procedimento estético pelo programa, no Hospital Militar de Cuiabá

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) abriu sindicância para investigar o caso da servidora pública aposentada Ivone Alves de Almeida, de 67 anos, que morreu na madrugada de terça-feira (20) devido a complicações decorrentes de uma cirurgia estética feita no Hospital Militar de Cuiabá, por meio da empresa "Plástica Pra Todos".

Em nota divulga a imprensa nesta quarta-feira (21), o CRM ressalta que a sindicância irá apurar os fatos envolvendo as circunstâncias em que Ivone foi operada.

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Caso se comprove os indícios de irregularidades, a sindicância pode se transformar em um Processo Ético Profissional (PEP), que pode resultar na cassação do registro profissional dos médicos envolvidos na cirurgia.

Neste ano, duas pessoas morreram e outras duas apresentaram problemas sérios após passar por procedimentos estéticos na empresa.

Cirurgia e morte

Segundo a Polícia Civil, a servidora pública aposentada foi submetida a uma lipoabdominoplastia (associação de abdominoplastia e lipoaspiração) na tarde de segunda-feira (19), mas não resistiu e morreu por volta das 5h55 de terça.

O corpo foi encaminhado para procedimento pericial de necropsia junto a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e Instituto Médico Legal (IML).

Por meio de nota, a direção da "Plástica Pra Todos" informou que a paciente sofreu embolia pulmonar após o procedimento.

“A tromboembolia pulmonar é a causa grave mais comum decorrente de procedimentos cirúrgicos, possuindo como característica a ausência de completa previsibilidade e súbita evolução, tendo em vista que consiste no deslocamento de algum coágulo preexistente nos pacientes até o pulmão, afetando rapidamente todo o organismo”, diz trecho da nota. 

A empresa ainda declarou que todos os protocolos prévios e pós-cirúrgicos foram atendidos com rigor e que a cirurgia transcorreu na mais “absoluta normalidade”. A "Plástica Para Todos" frisa que a paciente estava liberada para realização da cirurgia por médicos especialistas de sua confiança.

Por fim, a empresa aguardará a conclusão do laudo de necropsia para prestar outros esclarecimentos.

O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A Associação Beneficiente de Saúde dos Militares de Mato Grosso (ABSM-MT), mantenedora do Hospital Militar, disse em nota que todos os protocolos prévios de responsabilidade foram realizados e que também aguardará a conclusão do laudo da necropsia e do parecer da DHPP, para prestar outros esclarecimentos.

 

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